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Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2019, 09h:41

Abílio Jr responde Juca do Guaraná: ‘não sou eu que tenho que provar’

Euziany Teodoro
Única News

(Foto: Reprodução)

O suposto esquema de parlamentares da Câmara de Cuiabá para cassar o mandato de Abílio Jr (DC), que teria sido o foco de um jantar na casa do vereador Juca do Guaraná, segundo denúncias de uma servidora da Prefeitura de Cuiabá, se tornou queda de braço entre os dois principais envolvidos: Juca e Abílio.

De acordo com a servidora do Hospital São Benedito, Elizabeth Maria de Almeida, em um jantar na casa de Juca do Guaraná, vários vereadores, assim como o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e outros políticos, estariam oferecendo pacotes de dinheiro em troca de votos pela cassação.

Durante a semana passada, Juca apresentou os registros de entrada de seu condomínio, supostamente “provando” que a mulher nunca esteve lá, assim como teria mentido sobre a presença de alguns políticos e horários em que outros, supostamente, teriam estado na casa.

Em entrevista à Rádio Capital na sexta-feira (6), Juca afirmou que Abílio deveria ter agido de forma diferente ao receber a denúncia da mulher, pedindo uma investigação dos órgãos competentes e não “jogando para a imprensa como se fosse um furo de notícia”.

Nesta segunda-feira (9), Abílio teve a chance de se defender também na Rádio Capital e afirmou que não tem que provar nada.

“Eu não estava na casa do Juca. Eu não tenho que confirmar ou não se uma testemunha estava na casa do Juca. Quem tem que confirmar se estava é a própria mulher que disse o que disse. O primeiro ponto é que não é o vereador Abílio que está denunciando compra de voto para cassação de seu mandato dentro da casa do Juca durante churrasco”, disse.

Apesar de lavar as mãos no caso de comprovação, ele cita que a portaria do condomínio não registra todas as pessoas que estão em um único veículo. “O condomínio não tem que identificar todos os passageiros do veículo, então se ele não tem o registro dela na portaria, é natural. Pode ter sido identificado o motorista. Mas se ela foi ou não foi, não é problema meu, é problema da mulher que falou.”

Juca do Guaraná também apresentou vídeos de uma reunião, supostamente política, entre a servidora e vários advogados dentro do Hospital São Benedito. Juca afirma que Abílio também se reuniu com a mulher nesse dia, do lado de fora do hospital, mas não apresentou vídeo disso.

“Eu estive no hospital. Fui no dia 21, às 15h, não vi a Elizabeth, não sabia quem era ela naquele momento. Estive lá antes de ela ir na CPI. Pode até ser que ela está usando eu (sic), que está usando o Juca. O que não pode acontecer é o Juca vir aqui, dar entrevista e falar que eu estava em uma reunião macabra com a mulher”.