Única News - Notícias e Fatos com Credibilidade

Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2020, 11h:32

Representante da CDL critica Governo sobre altos preços no comércio: "quer sair da reta"

Claryssa Amorim
Única News

Alair Ribeiro/MidiaNews

O vice-presidente administrativo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Célio Fernandes, não mediu palavras para criticar o Governo de Mato Grosso, após o ajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e disparou que os empresários estão sendo “desrespeitados”.

O ajuste no ICMS foi feito pela Lei complementar nº 631/2019, aprovada em minirreforma tributária em junho de 2019, passando a valer em janeiro deste ano.

Para o vice-presidente, o Governo fez a alteração no imposto e não quer arcar com as consequências. Segundo ele, o governo Mauro Mendes (DEM) está querendo “sair da reta” e jogar o empresário contra o consumidor.

“Temos que acabar com essa discussão e o fato é que houve o aumento e quem está sofrendo é o empresário. O Governo tem que assumir a responsabilidade com hombridade, com caráter e convicção da mudança. Estamos percebendo que o Governo está querendo jogar a culpa no empresário, sendo que foi ele que fez a mudança”, disparou Fernandes em entrevista à Rádio Capital FM, desta quinta-feira (23).

A alta nos valores de vários produtos tem assustado a população. Combustível, carne, medicamentos e outros itens estão mais caros, causando transtornos por todo o Estado. 

Célio Fernandes comentou ainda que é “natural do mundo, quando tomamos uma decisão, temos que saber que existe a consequência". Para ele, o Executivo está jogando as consequências no empresário, dizendo que os custos dos produtos estão altos por conta de cada empresa. 

“Todos estão sendo prejudicados e com dificuldades na mudança. Sabemos que até a Sefaz está sofrendo internamente. Em notas veiculadas pelo Governo, percebemos que está sendo dito que a culpa dos altos valores dos produtos é por conta de cada empresa. Esses fatos são incontestáveis e temos que acabar com essa discussão entre o Governo de ficar empurrando um para o outro o problema”, finalizou.