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Segunda-feira, 03 de Fevereiro de 2020, 10h:04

Pivetta diz que não cobra apoio de Mendes e que eleição é atípica; "Quem fizer mais, leva"

Ana Adélia Jácomo
Única News

(Foto: Reprodução)

Vice-governador de Mato Grosso e pré-candidato à eleição suplementar do Senado, Otaviano Pivetta (PDT) afirmou que não pediu apoio do governador Mauro Mendes (DEM) para enfrentar o pleito. No entanto, Pivetta disse que o chefe do Executivo deve apoiar a um dos candidatos e que ambos “se conhecem só no olhar”.

Com diversos pré-candidatos ao cargo, todos ligados ao governador, Mendes terá que tomar uma difícil decisão nos próximos dias, a de apoiar apenas um do seu grupo, ou não apoiar ninguém.

Ocorre que, dentro da base aliada do governador, há, até agora, cinco pré-candidatos confirmados: o deputado estadual Max Russi, o ex-governador Júlio Campos (DEM), o chefe do escritório de representação do estado em Brasília, Carlos Fávaro (PSD), Pivetta, a secretária-adjunta do Procon, Gisela Simona (Pros) e o líder na Assembleia Dilmar Dal Bosco (DEM).

Além desses nomes, dentro do MDB (também da base), há outros dois sendo avaliados: o do deputado federal Carlos Bezerra e de sua esposa, Teté Bezerra. Consta ainda como pré-candidato o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan.

“Não conversamos ainda detalhadamente sobre isso [eleição]. Não pedi apoio porque eu tenho uma relação muito respeitosa com o Mauro e a gente se conhece só no olhar. Estamos juntos desde 2008, (...) sempre estivemos do mesmo lado nas campanhas e temos confiança recíproca. O Mauro vai saber avaliar o que é melhor para Mato Grosso. Ele é muito determinado, e não é de ficar em cima do muro”, afirmou Pivetta em entrevista ao programa Conexão Poder, que foi ao ar nessa segunda-feira (3).

O vice-governador comentou sobre a possibilidade de Mendes ficar sem um vice imediato, como já ocorreu em 2013, quando ele venceu a Prefeitura de Cuiabá e seu vice à época, João Malheiros, renunciou ao cargo antes mesmo da posse, alegando motivos pessoais. Para Pivetta, há uma harmonia muito grande de Mendes com a Assembleia Legislativa e não haverá problema algum, caso ele seja eleito senador.

“O Mauro desenvolveu, ao longo do tempo, uma habilidade grande de lidar com o Poder Legislativo. Ele tem determinação e é firme, ele mantém uma harmonia muito grande, e não haverá problema de, na linha sucessória, assumir o presidente da Assembleia".

Sobre o fato de o partido do governador, o Democratas, estar ensaiando lançar um candidato próprio ao pleito (Júlio Campos ou Dilmar Dal Bosco), Pivetta disse que “não tem problema” e voltou a afirmar que acredita que Mendes irá, de fato, dar apoio político a apenas um candidato.

“Não haverá problema nenhum, Eu acho que ele não vai ficar neutro, mas não tem problema nenhum do DEM ter seu candidato. Eu respeito e acho que é uma eleição atípica, rápida e ninguém pode passar vontade. Quem quiser ser candidato, deve ser. Não vai ser uma disputa, vai ser uma concorrência de quem fizer mais, leva”, comentou ele.