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Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2020, 15h:13

Amigos, Buzetti diz que Blairo 'apoia se quiser' sua candidatura ao Senado

Ana Adélia Jácomo
Única News

(Foto: Reprodução/Instagram)

Secretária-geral do PP, a empresária Margareth Buzetti afirmou, nesta sexta-feira (21), que, apesar de ser amiga e pertencer ao mesmo partido político do ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ela não exige apoio político para sua pré-candidatura ao Senado.

Buzetti, no entanto, disse que Blairo declarou que acredita na força do nome dela para enfrentar o pleito suplementar, que ocorre em 26 de abril. O PP avalia internamente o nome da empresária e do deputado federal Neri Geller.

A convenção partidária ocorre em 12 de março, quando será “batido o martelo” sobre o nome que o partido lançará ou se decidirão compor aliança com outras agremiações.

“Somos muito amigos da família Maggi e eu sou muito ética. Acredito que política não se mistura com amizade, mas a gente conversa muito, no entanto, não posso exigir o apoio dele. Ele apoia se quiser, até porque todo mundo quer o apoio do Blairo Maggi, e um dos motivos é seu capital político, mas eu pedi a ele o que ele achava do meu nome e disse que tem 'simpatia' pelo meu nome, por ser mulher, um nome novo, nunca ter ocupado um cargo público. Ele acha que eu me destaco”, disse ela em entrevista ao site VG Notícias.

Líder no ramo de recapagem de pneus de caminhões e máquinas pesadas e também presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (Aedic) e da Associação Brasileira de Reforma de Pneus (ABR), Margareth disse que Mato Grosso nunca teve no Senado Federal uma pessoa representando a indústria, comércio e serviços.

“Eu vou testar meu nome, porque eu nunca o testei para nada. Até pesquisa para mim fica difícil, porque eu não tenho conhecimento na região, mas o que eu falo é que um senador tem que representar um nicho, o meu é da indústria, comércio e serviços. Além disso, não tem como não representar o agronegócio em Mato Grosso, ele gira toda economia do Estado. Mas comércio, indústria e serviços nunca teve um representante no Senado”, avaliou ela.

Corrida pelo Senado

Após a cassação do mandato de Selma Arruda (Podemos), há cinco candidatos que já foram oficializados por seus partidos: o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) e o ex-governador Júlio Campos (DEM), ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), o deputado estadual Max Russi (PSB) e o deputado federal José Medeiros (Podemos).

É considerado candidato natural o chefe do escritório de representação do estado em Brasília, Carlos Fávaro (PSD), no entanto, ele não se oficializou ainda. Ele ficou em terceiro lugar na disputa no pleito de 2018.

Tentam se viabilizar: o deputado federal Neri Geller (PP), o ex-deputado estadual Adilton Sacheti (PRB), a secretária-adjunta do Procon, Gisela Simona (Pros), o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antônio Galvan.

São citados ainda o deputado federal Leonardo Albuquerque (SD); os deputados estaduais Elizeu Nascimento (DC), Lúdio Cabral (PT), Silvio Fávero (PSL); o ex-ministro Blairo Maggi (PP); o ex-senador Cidinho Santos (PL); o ex-governador Pedro Taques (PSDB), o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT), e o vereador por Cuiabá, Mário Nadaf (PV).

Dos prazos para eleição suplementar ao Senado  

As convenções partidárias devem ocorrer entre 10 e 12 de março. Nas convenções é que o partido político define, junto de todos os filiados, qual será o candidato, se haverá mesmo um candidato ou se a decisão será por apenas apoiar ou coligar.  

As agremiações têm até 17 de março para registrar a candidatura no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). A partir do dia 18 estão permitidos comícios, panfletagens, carros de som, debates e toda forma de comunicação de rua com o eleitor.  

Somente a partir de 23 de março é que o TRE permite a transmissão da propaganda eleitoral na TV, no rádio e na internet, sendo finalizada em 23 de abril, três dias antes do pleito, que ocorre em 26 de abril.

A diplomação do vencedor será até o dia 21 de maio. O cargo de senador é de oito anos e será finalizado em 2026.