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Sexta-feira, 24 de Abril de 2020, 11h:48

Secretário de Saúde evita criticar decisões de prefeitos: ‘Cada um no seu quadrado’

Euziany Teodoro
Única News

Gcom

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em coletiva de imprensa online nesta sexta-feira (24), evitou fazer críticas às decisões dos prefeitos dos 141 municípios de Mato Grosso em relação à pandemia do novo Coronavírus. Segundo ele, não cabe ao Governo do Estado comentar. “Cada um no seu quadrado”, disse.

Questionado sobre a volta escalonada do comércio em Cuiabá e a volta às aulas apenas em 10 de maio, assim como sobre a decisão do prefeito de Mirassol D’Oeste, Euclides Paixão, que decidiu manter o comércio sem restrições, apesar de 7 casos confirmados da COVID-19 e um óbito, Figueiredo afirmou que cabe a cada prefeito as melhores decisões, conforme os dados de sua região.

“Mato Grosso tem 141 municípios e 141 prefeitos. Não posso ficar fazendo avaliação individual. Eu ajudo e colaboro, ofereço as condicionantes necessárias para que cada gestor tome suas decisões. Os números são claros. Portanto, cada um no seu quadrado. Os prefeitos terão que assumir as decisões que tomam à luz das orientações que têm”, disse.

Ele tece críticas apenas àqueles que decidem fechar totalmente a cidade, mesmo sem ter nenhum caso confirmado ou mesmo suspeito. Segundo ele, as decisões tomadas em Cuiabá e Várzea Grande, por exemplo, não devem ser as mesmas tomadas em municípios nessas condições.

“É importante frisar que cada gestor tem que fazer uma análise muito a miúde de seu território e das condicionantes. A decisão tomada em municípios como Cuiabá e Várzea Grande, não pode ser a mesma de um município que não tem transmissão local”.

Para Figueiredo, não há decisão fácil. “Toda decisão tem risco. Administrar é correr riscos. Não tem decisão fácil em meio a uma pandemia. As decisões devem ser tomadas conforme as condicionantes de cada região. Está provado, cientificamente, que o isolamento social contribui para evitar a disseminação do vírus. Isso é uma lógica. Mas também já foi amplamente estudada a necessidade de que a população seja infectada gradativamente para ganhar imunidade”.

“Não vai conseguir se manter enclausurada toda uma população até o dia que surgir uma solução, uma vacina efetivamente testada”, concluiu.