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Valdecir Cardoso de Almeida, servidor que trabalhava com o chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Correa, depôs na condição de testemunha à CPI que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro, na Câmara de Cuiabá, sobre dinheiro recebido pelo prefeito quando ainda era deputado estadual.
Valdecir, na época em que vídeos de vários deputados, supostamente recebendo propina, vieram à tona, registrou uma declaração em cartório afirmando que o dinheiro recebido por Pinheiro era referente a pesquisa eleitoral feita pela empresa do irmão do prefeito, Marco Polo Pinheiro (Popó), o Instituto Mark.
Em depoimento na manhã desta quarta-feira (13) ele reafirmou a declaração e disse que Popó o avisou, pelo telefone de Silvio Correa – que ficava com ele –, de que Pinheiro ia buscar o dinheiro das pesquisas no gabinete de Silvio.
“Eu recebia as ligações do Popó cobrando (o valor das pesquisas), diariamente, e nesse dia eu falei para o Silvio e o Silvio falou que ia resolver. Depois, mandou entrar o Emanuel. Ele (Popó) me falou que ia pedir para o Emanuel interceder junto ao Silvio por ele”, explicou Valdecir de Almeida.
Segundo ele, tanto Silvio Correa, quanto Silval Barbosa, afirmavam no gabinete que a pesquisas haviam sido feitas. “Eu sabia que o Popó tinha feito as pesquisas, como Silval e Silvio afirmaram que fizeram várias pesquisas com o Instituto Mark”, disse.
De acordo com a advogada de Valdecir, Angélica Shuller, o servidor decidiu registrar a declaração em cartório para resguardar a si e à família. “Esse foi um ato de livre e espontânea vontade, que ele fez para se resguardar. Ele já passou por muitos constrangimentos, ele e a família, e não quer mais ter envolvimento nesse caso. Vocês podem aceitar declaração como prova nos autos ou não”, concluiu.