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A família do caminheiro Elton Rocio de Camargo, de 35 anos, apontado como a quarta vítima de Covid-19, no município de Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá), na noite desse domingo (24), contestou a morte da vítima por coronavírus. Segundo eles, os sintomas era de dengue e ele teria morrido após ter tido uma parada cardíaca.
O caminhoneiro estava internado no hospital particular Materclin, desde a última sexta-feira (22). De acordo com uma tia da vítima, o primeiro exame teria dado negativo e Elton teria morrido após ter tido uma parada cardíaca.
Ainda segundo ela, a família teria saído para resolver assuntos relacionados ao velório que seria em Nobres onde a família mora e quando retornaram o hospital já havia liberado o corpo para funerária. Logo depois, chegou o exame da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informando que a causa da morte seria Covid-19.
Na certidão de óbito, consta morte por insuficiência respiratória. O corpo ficou retido na cidade, onde aguarda a família se reunir com a SMS para mais explicações.
Outro lado
A secretaria informou que o exame é verdadeiro. Além disso, a SMS afirmou que não dá diagnóstico, que eles partem do hospital. A pasta ressaltou ainda que aguarda a família provar que o exame é falso. Cabe ao órgão municipal receber as notificações de casos de Covid-19 feitas por hospitais e laboratórios, bem como óbitos e informar os dados com transparência à população.
A Saúde informa que o resultado do teste rápido, que é devidamente habilitado pela Anvisa e distribuído aos municípios pela Secretaria de Estado de Saúde, é instantâneo. A pasta ressaltou ainda, que um paciente pode testar negativo em um exame e dias depois positivo em função da janela imunológica. Nos primeiros dias dos sintomas o corpo pode ainda não ter apresentado resposta imunológica ao vírus e assim o teste apresentar um resultado negativo.
Tanto os casos de óbitos suspeitos de Covid-19 – que ainda estão em investigação – como casos de mortes confirmadas por exames é necessário que o protocolo para sepultamento seja seguido pelas funerárias, o que envolve a proibição de realização de velório e a manutenção do caixão lacrado como medida para evitar a proliferação do vírus e contaminações.
O protocolo de sepultamento foi determinado pelo Governo do Estado por meio da Portaria 168/2020 e deve ser seguido em todo o território de Mato Grosso.