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Segunda-feira, 03 de Agosto de 2020, 18h:43

Niuan alega retaliação e vai recorrer de decisão que negou reformar exonerações

Euziany Teodoro
Única News

Assessoria

O vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro (Podemos), afirmou que vai recorrer de decisão em primeira instância, que negou reformar a exoneração de 13 servidores de seu gabinete, ocasionadas em reforma administrativa da Prefeitura.

Ele afirmou que as exonerações de seu pessoal tratam-se de retaliação às divergências que tem tido com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), desde o ano passado.

Ocorre que o juiz da 5ª Vara Especial da Fazenda Pública de Cuiabá, Roberto Teixeira Seror, negou dar seguimento a uma ação movida pelo vice-prefeito, que tentava reverter o Decreto 7.954, que exonerou a equipe de assessores do gabinete da Vice-Prefeitura, em junho.

Para o juiz, houve "inconformismo" da parte de Niuan, mas trata-se de ação baseada em lei municipal, que incorpora o gabinete do Vice-Prefeito à Secretaria Municipal de Governo, aprovada pela Câmara de Cuiabá. Portanto, não há ilegalidade.

Em vídeo, Niuan afirmou que tem sido afastado da gestão devido a suas opiniões contrárias.

“Desde que a gente começou a expressar algumas opiniões divergentes daquelas decisões que ele tem tomado, ele tem, sim, nos afastado da gestão. Tem tentado nos esvaziar ao máximo, inclusive espalhando por aí que a vice-prefeitura não tem prestado o serviço à comunidade, o que a gente tem como provar que não é verdade”, disse.

Pinheiro exonerou 13 pessoas do gabinete de Niuan com a reforma administrativa, a fim de cortar gastos, sendo 12 assessores e um diretor administrativo e financeiro. Ele acredita que, na segunda instância, a decisão será revista.

“A gente fica triste com isso. A gente foi eleito nesta chapa, visando uma administração moderna, uma administração transparente e democrática e o que a gente vê é a discricionariedade por todos os lados. A falta de respeito, a falta de compreensão, a falta de diálogo. É por isso que a gente vai recorrer dessa decisão e tem certeza que será reformada em segunda instância. Cabe dizer que é uma decisão em tutela de urgência, então ainda não foi analisada profundamente o que a gente trouxe aos autos”, concluiu.