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Terça-feira, 15 de Setembro de 2020, 20h:25

Menor que matou Isabele passa por exame no IML e é internada em anexo feminino do Pomeri

Euziany Teodoro
Única News

Montagem: Única News

A juiza da 2ª Vara da Infância e da Juventude do TJMT, Cristiane Padim da Silva, determinou a apreensão da adolescente B.O.C., 15 anos, responsável pela morte de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, morta no condomínio Alphaville, no dia 12 de julho. A decisão é da noite desta terça-feira (15).

Atualizada às 23h - B.O.C. passou por exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML), e já foi encaminhada, há pouco, para o Centro Menina Moça, anexo do Complexo Pomeri, no bairro Carumbé. É lá que ela deve passar os próximos 45 dias, conforme a determinação da juíza Cristiane Padim.

O advogado da Família Cestari, Artur Osti, ainda tenta conseguir uma habeas corpus para a jovem.

Atualizada às 20h40 - A jovem B.O.C., até então considerada foragida por não ter comparecido à audiência de apresentação no judiciário, acaba de chegar à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), onde será apreendida. Ela chegou na companhia do advogado Artur Osti, pelos fundos da instituição.

Segundo informações, a garota teria fugido assim que soube do pedido da Justiça. No entanto, de acordo com o advogado de B., Artur Osti, o que houve foi que ela não compareceu à audiência de apresentação marcada para hoje. Não houve fuga.

B.O.C. deve se apresentar à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) na companhia do advogado. Caberá à PJC fazer a apreensão e pedir vaga em Centro Socioeducativo feminino.

Mais informações a qualquer momento.

O pedido de internação foi assinado pelo promotor Rogério Bravin, da 18ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Cuiabá, no dia 10 de setembro. Bravin cuida do caso dos menores envolvidos na morte e denunciados pela Polícia Civil: B.O.C. e o namorado dela, G.C.C., de 16 anos.

A Polícia Civil concluiu o inquérito, que durou cerca de 50 dias, e responsabilizou B.O.C. pelo tiro de pistola contra a adolescente, de forma intencional. Ela vai responder por ato infracional por homicídio doloso.

B. pode pegar até três anos de internação em centro socioeducativo.

Relembre o caso:

Bel, como era chamada pelos amigos, foi encontrada morta no dia 12 de julho, no banheiro da casa da família Cestari, com um tiro na cabeça. A autora do disparo é a amiga B.O.C., de 14 anos. Ela alega que o tiro foi involuntário.

O tiro entrou na região da narina e saiu pela nuca. A arma usada foi uma pistola PT .380, que pertence ao sogro da acusada. Em depoimento, o namorado dela afirma que ele não deixou a arma carregada.

O inquérito foi finalizado pela Polícia Civil na quarta-feira (2 de setembro). A atiradora, B.O.C., responderá por ato infracional análogo a homicídio doloso. Ela pode ficar internada em instituição para menores por até 3 anos.

O pai de dela, Marcelo Cestari, foi indiciado por quatro crimes: homicídio culposo, posse ilegal de arma de fogo, entregar arma a adolescente e fraude processual. Para a Polícia Civil, as ações dele foram fundamentais para que o crime acontecesse: ele permitiu que o genro levasse a arma à casa dele; ficou com a arma em casa, mesmo não pertencendo a ele; entregou a arma para que a filha B. guardasse e tentou atrapalhar a investigação, no entendimento da PJC.

O namorado de B., o adolescente G.C.C., 16 anos, vai responder por ato infracional análogo a porte ilegal de arma de fogo. O pai dele, dono das armas, foi indiciado por omissão de cautela, pois deixou que o filho tivesse acesso ao equipamento.