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Terça-feira, 13 de Outubro de 2020, 17h:35

Dono de arma que matou Isabele paga fiança de R$ 40 mil e escapa de processo

Euziany Teodoro
Única News

Montagem: Única News

O médico veterinário Glauco Corrêa da Costa, dono da pistola Imbel .380 que foi disparada e matou Isabele Ramos, 14 anos, no Condomínio Alphaville I, em Cuiabá, pagou uma fiança de R$ 40 mil pelo crime de omissão de cautela e foi liberado de responder processo.

A decisão é do juiz Aristeu Dias Batista Vilella, do Juizado Especial Criminal de Cuiabá, que homologou a proposta de transição penal. O valor será revertido para instituição social já cadastrada no juizado.

O pedido de fiança foi feito pelo promotor Mauro Poderoso de Souza, que manifestou pela imposição em 30 de setembro. Ele pediu o pagamento de fiança de 100 salários mínimos, o equivalente a R$ 104,5 mil, pelo crime de omissão de cautela.

A audiência que definiu pelo valor de R$ 40 mil ocorreu na sexta-feira 99), por meio de videoconferência.

Após a conclusão do inquérito da Polícia Civil, Glauco foi indiciado pelo crime de omissão de cautela, por ter deixado que seu filho, G.C.C., de 16 anos, levasse a arma até a casa de seu sogro, Marcelo Cestari, ocasionando a morte de Isabele pelas mãos da adolescente B.O.C., hoje com 15 anos. Seu filho responderá por ato infracional análogo a porte ilegal de arma de fogo.

O inquérito da morte de Isabele foi concluído após 50 dias de investigações. além de Glauco e de seu filho, de 16 anos, também foi indiciado o pai da atiradora, Marcelo Cestari, por quatro crimes; a mãe dela, também por omissão de cautela; e a própria adolescente B.O.C., que responderá por ato infracional análogo a homicídio doloso – com intenção de matar.

Entenda o caso

Isabele foi morta na noite de 12 de julho, na casa da amiga B.O.C., hoje com 15 anos, com um tiro que transfixou sua cabeça, entrando pelo nariz e saindo na nuca. A menina tinha passado o dia todo na casa da família Cestari, com a amiga, os pais dela e seus irmãos e os namorados de duas delas. Isabele morreu por volta das 22h.

B. alegou tiro acidental. Disse que tinha ido atrás de Isabele em um banheiro, com um case contendo duas armas nas mãos. Esse case teria caído e, ao se levantar, perdeu o equilíbrio e atirou sem querer na amiga. No entanto, a Polícia Civil descartou essa versão e a menina vai responder por crime análogo à homicídio doloso – quando há intenção de matar.