Única News - Notícias e Fatos com Credibilidade

Quarta-feira, 13 de Janeiro de 2021, 10h:21

Governador diz que VLT foi ‘gestacionado’ pela corrupção e bate na tecla pela troca do modal

Claryssa Amorim
Única News

Foto: Secom-MT

O governador Mauro Mendes (DEM) bateu na tecla e disse que não vai desistir do projeto que troca o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) para o Bus Rapid Transit (BRT), em Cuiabá e Várzea Grande. Mendes chamou o VLT de “filho da corrupção” e disse que a implantação do novo modal tem estudo técnico, não sendo apenas um “achismo”.

A decisão de implantar o VLT em Cuiabá e Várzea Grande ocorreu na gestão de Silval Barbosa, sob a justificativa de apresentar "uma Capital mais bonita" na Copa do Mundo de 2014. Os vagões foram comprados e alguns canteiros construídos, porém, está tudo abandonado.

Para Mendes, a diferença entre um modal “moderno” e “antiquado” não deve ser discutida, além do valor que será economizado.

Segundo ele, o BRT é elétrico, movido a bateria, enquanto o VLT precisa da utilização dos cabos aéreos, que para o governador deixa a cidade poluída.

“O BRT é elétrico, movido a bateria, tem a mais moderna tecnologia que existe no mundo, enquanto o VLT usa daqueles cabos aéreos que faz uma poluição na cidade. Ele fica igual aqueles bondinhos de 100 anos atrás. Então, ele é um negócio antigo, antiquado. O BRT que será colocado aqui é uma tecnologia que não se usa em lugar nenhum”, explicou.

“Vamos rapidamente fazer uma comparação. O BRT é tão moderno quanto o VLT ou até mais moderno, porque ele tem ar-condicionado, tem um design moderno, tem wifi incluso, tem acessibilidade para todas as pessoas e é elétrico. Tem gente que defende o BRT, porque diz que ele é movido a óleo diesel, mas o cara está com uma informação de 20 anos atrás, ele é um desatualizado, desinformando ou é malandro, que está usando de uma mentira para poder atacar o BRT”, disparou Mendes.

O governador comentou que está tranquilo quanto a ataques contra a troca do modal, pois a ideia “nasceu” em cima de um estudo técnico.

Ele ainda criticou que o único objetivo da gestão de Silval Barbosa em adquirir o VLT foi pensando na corrupção. Lembrou que Mato Grosso é conhecido por dois escândalos de corrupção, sendo um deles o do VLT. "O outro vocês sabem”, alfinetou.

“O VLT é uma coisa que empurraram para gerar propina. Ele foi gestacionado no seio da corrupção. Manter e defender isso é manter uma corrupção em Mato Grosso. Nós temos dois grandes símbolos no Estado de corrupção. Um vocês sabem qual é, o outro é o VLT. Então, estou muito tranquilo com a decisão, ainda mais que a Assembleia Legislativa aprovou a mudança, já vi o presidente do Tribunal de Contas falando a favor, a Universidade Federal comentando a favor, já vi muita gente da população falando a favor”, disse.

Por fim, Mendes disse que não vale a pena manter o VLT, nem para o Estado e nem para a população, já que até a passagem será mais barata. Segundo ele, a passagem do VLT ficaria em torno de R$ 5, já o BRT será em torno de R$ 3.

“Eu pergunto a você, cidadão: você quer pagar mais caro, R$ 5, para andar de VLT, só pra dizer que está andando sobre trilhos, ou pagar R$ 3 de BRT? A diferença é que um roda sobre pneus e o outro sobre trilhos. A dificuldade de expandir o VLT é gigante, vai custar muito mais caro no futuro. O investimento para um é de R$ 47 milhões, enquanto o outro é R$ 776 milhões, então para que gastar dinheiro público?”, finalizou.