Única News - Notícias e Fatos com Credibilidade

Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2021, 15h:01

Catão pede exoneração da presidência, mas continua no Indea como efetivo

Euziany Teodoro
Única News

Montagem: Única News

O agora ex-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Marcos Catão, decidiu pedir exoneração do cargo de confiança. No entanto, como é servidor de carreira, continua em seu cargo efetivo e volta à função de médico veterinário dentro do órgão.

Em nota emitida por seu advogado, Francisco Faiad, Catão informou que desistiu do cargo para evitar desgastes à instituição.

“Para evitar maiores desgastes à instituição ao qual presto serviços há 27 anos, solicitei nesta segunda-feira (18.01) meu afastamento da presidência do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA-MT)”, escreveu.

Acusado de assédio sexual por uma ex-assessora de 19 anos, em novembro de 2020, Catão nega as alegações e diz que provará sua inocência.

“Dedicarei meus esforços em construir minha defesa e provar minha inocência em relação a esta situação levantada contra mim. Confio nos órgãos de investigação e na Justiça, que certamente vão apurar e julgar os fatos de forma independente e imparcial”.

No Diário Oficial que circulou nesta segunda-feira (18), o Governo do Estado prorroga por mais 10 dias a substituição de Catão pela servidora Emanuele Gonçalina de Almeida no cargo de presidente, como o Única News já havia divulgado.

Agora, está confirmado que ele deixa o cargo. A exoneração ainda não foi publicada no D.O.

O caso

Uma jovem de 19 anos, até então assessora técnica no Indea, registrou um boletim de ocorrência por assédio e importunação sexual contra o chefe, presidente do Indea, Marcos Catão, em novembro de 2020.

A assessora relatou que foi até a sala do presidente para repor as garrafas de água e começou a conversar com Marcos. Em determinado momento, ele disse que ela não precisaria de usar máscara dentro de sua sala e, em seguida, começou a massagear o pênis por cima da calça, por alguns minutos e olhando para ela.

Ela relatou na denúncia que ficou em estado de choque, mas voltou no dia seguinte ao trabalho. Ela contou ao pai o ocorrido, que a encorajou a registrar um boletim de ocorrência e pedir exoneração, o que ela fez.