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Neymar sonha com o hexa no Catar daqui a um mês, mas terá uma questão bem mais urgente para resolver a partir de segunda-feira, em Barcelona. O atacante estará no banco dos réus, acusado de ter cometido o crime de corrupção na transferência para o clube espanhol, em 2013.
O julgamento acontece depois que a promotoria espanhola acatou a denúncia do grupo DIS. Detentor de 40% dos direitos econômicos do jogador na época em que ele atuava pelo Santos, os investidores acusam Neymar, Santos e Barcelona de terem ocultado os verdadeiros valores da negociação, de forma que o grupo DIS teria recebido menos do que deveria pelo percentual que possuía.
A promotoria pede dois anos de prisão ao brasileiro e mais o pagamento de multa de 10 milhões de euros. Neymar nega as acusações, mas a perda de um recurso na Suprema Corte da Espanha em 2017 abriu caminho para que o julgamento acontecesse.
Serão julgados, além de Neymar, seus pais, Neymar da Silva Santos e Nadine Gonçalves, a empresa NN Consultoria, e também Santos e Barcelona, na figura de seus presidentes à época: Odílio Rodrigues, do clube paulista, e Josep Maria Bartomeu e Sandro Rosell, do clube catalão.
Argumento de defesa
Nesta sexta-feira, o canal no Youtube da empresa NR Sports, do pai de Neymar e responsável pela gestão da carreira do atacante, divulgou vídeo em que antecipa o que deverá ser o argumento de defesa no julgamento.
Nele, três advogados, dois brasileiros e um espanhol, explicam que Neymar não pode ser condenado pelo crime do qual é acusado. O argumento se baseia em dois pontos. O primeiro, o de que o crime do qual Neymar é acusado, corrupção privada, não existe na legislação brasileira, apenas na espanhola.
Além disso, os juristas sustentam que a legislação espanhola passa a considerar corrupção privada crime a partir de 2014, um ano depois da transferência de Neymar para o Barcelona.
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