Christinny dos Santos
Única News
Os advogados do instrutor de tiro, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, e do pedreiro Antônio Gomes da Silva, réus no processo pelo homicídio do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, abandonaram a defesa dos dois.
A informação foi anunciada na tarde desta quarta-feira (18) pelos juristas Neyman Augusto Monteiro e Nilton Ribeiro de Souza, através de comunicado à imprensa. A troca de defesa ocorre logo após a promessa de Antônio, de que revelará somente em júri popular o suposto "verdadeiro mandante" do homicídio.
Hedilerson é acusado de, a mando do coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Caçadini Vargas — que financiou o crime —, ter contratado Antonio para executar Zampieri. O advogado foi morto no dia 5 de dezembro, quando deixava seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O assassino o atacou no carro com pelo menos 10 tiros. A balística comprovou que aram utilizada no crime foi a do intermediador.
Em documento protocolizado na fase de Alegações Finais, Antônio reafirmou que vai revelar o "verdadeiro mandante" do homicídio apenas em julgamento no plenário do Tribunal do Júri, como parte de sua estratégia de defesa, justamente o que os advogados alegam ser "incompatível".
Já Hedilerson pediu para ser impronunciado no processo, afirmando que não fazia ideia do crime. Ele se baseou principalmente no depoimento do pedreiro, que disse ter “usado” o amigo por estar em um momento de pressão. E também no entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STF) de que é ilegal que o réu seja submetido ao tribunal do júri para ser julgado por homicídio doloso, apenas com base no inquérito policial.
Diante disso, Neyman e Nilton informaram que defendem mais a dupla por "motivos de incompatibilidade de estratégias de defesa". Agora, Hedilerson e Antônio terão que novos advogados para patrocinar sua defesa diante do júri popular.
O assassinato
O advogado Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro de 2023, quando deixava seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O assassino ficou de tocaia esperando a vítima sair e o atacou no carro, uma Fiat Toro, com pelo menos 10 tiros.
Estão presos o executor, Antônio Gomes da Silva, o intermediário que contratou o assassino, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, e o financiador do crime, o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas.
As prisões, parte delas efetuadas na região metropolitana de Belo Horizonte de Belo Horizonte–MG, foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.
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