14 de Junho de 2025
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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 13 de Junho de 2025, 08:04 - A | A

13 de Junho de 2025, 08h:04 - A | A

JUDICIÁRIO / VIU PAI MORRER

Filho de vítima de homicídio atua como advogado da acusação após 12 anos de crime brutal em MT

oOs réus Valdete Xavier de Faria e Luzirene Ribeiro Miranda foram condenados a mais de 16 anos de reclusão cada pela morte de Geraldo Xavier de Faria.

Única News
Da Redação



Um caso de homicídio ocorrido há 12 anos em Alto Boa Vista (922 km de Cuiabá) teve um desfecho emocionante e inusitado no Tribunal do Júri de São Félix do Araguaia (1.200 km de Cuiabá), em 10 de junho. Os réus Valdete Xavier de Faria e Luzirene Ribeiro Miranda foram condenados a 16 anos, sete meses e 15 dias de reclusão cada um, pelo assassinato qualificado de Geraldo Xavier de Faria.

O que torna este julgamento ainda mais diferente é a participação do filho da vítima, que à época dos fatos era um pré-adolescente de apenas 12 anos e testemunha ocular, e agora, advogado, atuou como assistente de acusação.

O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), reconhecendo a natureza torpe do crime e o uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além da pena de prisão, os condenados deverão arcar com as custas processuais.

Luzirene Ribeiro Miranda já foi encaminhada à Penitenciária Feminina de Nova Xavantina. Já Valdete Xavier de Faria, atualmente foragido no exterior, teve seu mandado de prisão expedido e será incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol, um alerta internacional para sua captura.

O crime

A denúncia detalha que o crime ocorreu em março de 2013, na residência da vítima. Valdete e Luzirene, que possuíam laços familiares com Geraldo, foram ao local para cobrar uma dívida.

Após uma breve discussão, Valdete sacou um revólver calibre .38 e disparou contra a coxa da vítima, atingindo a artéria femoral e causando morte por hemorragia.

No momento do disparo, Luzirene agiu de forma decisiva para a consumação do crime, contendo o filho de Geraldo – então com 12 anos – e impedindo que ele buscasse ajuda, facilitando a fuga dos assassinos.

Doze anos após presenciar o ato brutal que tirou a vida de seu pai, Geraldo Xavier de Faria Júnior, e outros dois advogados atuaram no juri.

O promotor de Justiça substituto Thiago Matheus Tortelli destacou a relevância dessa participação: "Geraldo Xavier de Faria Júnior realizou o sonho do pai ao se formar em Direito e, de forma admirável, participou como assistente de acusação no júri. Sua atuação foi impecável, demonstrou serenidade, firmeza e uma impressionante capacidade de expressão. Foi um momento marcante e emocionante, especialmente por ter sido uma das primeiras vezes em que ele exerceu a profissão para a qual se preparou, justamente em busca de justiça pelo pai."

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