Amanda Caroga
Única News
A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), absolveu, por unanimidade, o coronel Zaqueu Barbosa de dois crimes e reduziu a pena aplicada a ele, que passou de 8 anos para 1 ano de detenção. O coronel responde a ação penal referente a Grampolândia Pantaneira, onde foram investigadas interceptações telefônicas ilegais a partir de uma estrutura clandestina durante a gestão do ex-governador Pedro Taques.
A decisão foi dada na tarde desta quarta-feira (29) em um recurso de apelação de autoria do Ministério Público Estadual (MPE). A ação segue em segredo de Justiça.
Além de reduzir a pena de Zaqueu, os magistrados mantiveram o perdão judicial concedido ao cabo da Polícia Militar, Gerson Corrêa, um dos principais delatores do esquema.
Grampolândia Pantaneira
Segundo as investigações, um grupo de dentro do Governo do Estado realizava os grampos, que eram operacionalizados em um escritório por meio do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar, sendo instalado e operacionalizado no mês de agosto de 2014.
A atuação do referido Núcleo também contou com a participação dos requeridos Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Airton Benedito de Siqueira Junior e Gerson Luiz Ferreira Junior, todos oficiais integrantes das fileiras da Policia Militar do Estado de Mato Grosso, os quais garantiram a estruturação e a viabilidade técnica dos equipamentos utilizados nas escutas ilegais, segundo o MPE.
O órgão ministerial aponta ainda que José Pedro Gonçalves Taques, Paulo Cesar Zamar Taques e Gerson Luiz Ferreira Correa Junior eram diretamente interessados e beneficiados com as escutas clandestinas.
A denúncia aponta que o escritório clandestino causou um prejuízo de R$ 177,7 mil aos cofres públicos, considerando a remuneração dos servidores públicos envolvidos.
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