Ari Miranda
Única News
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela manutenção do afastamento dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Na mesma decisão, Zanin também manteve a ordem para que os dois continuem monitorados por tornozeleira eletrônica.
A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (9) e o processo tramita em segredo de Justiça.
Tanto Sebastião quanto João Filho foram alvos da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia federal no último dia 26 de novembro e que investigou a existência de um suposto esquema de venda de sentenças envolvendo os magistrados da Corte Estadual, lobistas, advogados, empresários, assessores, chefes de gabinete e servidores do TJMT e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília.
Na decisão, o ministro da Suprema Corte seguiu o parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) e decidiu manter o afastamento e o monitoramento dos desembargadores mato-grossenses. Entretanto, abriu uma exceção ao desembargador Sebastião Filho para que ele possa ter contato com seu filho. Além disso, no despacho, Cristiano Zanin retirou o bloqueio de valores que estavam acima do estabelecido como parâmetro para garantia do juízo.
Reprodução/Redes Sociais

O lobista Andreson Gonçalves.
HABEAS CORPUS NEGADO
No âmbito da Operação Sisamnes, o ministro do STF rejeitou o pedido de revogação da prisão preventiva do empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como lobista e intermediário entre advogados e magistrados envolvidos no esquema. Também foi negada a transferência dele para outra penitenciária.
Segundo as investigações, o lobista tinha posição de comando no esquema e obtinha informações privilegiadas sobre processos judiciais de seus “clientes”.
Desde que foi preso durante a ação da PF, Andreson está na Penitenciária Central do Estado (PCE) e alega que dentro da unidade prisional, onde supostamente estaria sendo submetido a condições prejudiciais à sua integridade física e psicológica, argumento que foi refutado por Zanin.
Entretanto, o ministro autorizou que o lobista volte a ter contato com sua esposa, que também é investigada por participação no esquema, ficando a partir de então autorizada a manter contato durante os horários de visitação da PCE.
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