Agência Estadual do Paraná
Em 2024, o Paraná manteve a liderança nacional em doações e transplantes de órgãos, registrando os melhores resultados dos últimos seis anos. De janeiro a setembro, o Estado alcançou uma taxa de 42,8 doações por milhão de população, mais que o dobro da média nacional de 20,3.
Os dados são da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, que também apontou o Paraná com a menor taxa de recusa familiar do país, de 27%.
Entre janeiro e outubro, a Secretaria de Estado da Saúde registrou mil e 86 notificações de potenciais doadores feitas por hospitais após a confirmação de morte encefálica.
Destas, 416 resultaram em doações, com uma taxa de 43,6 doadores por milhão de população, a maior desde 2019. Nesse período, foram realizados 694 transplantes de órgãos sólidos, crescimento de quase 12% em relação a 2019.
Os transplantes cardíacos tiveram o maior aumento percentual, com 31 procedimentos, alta de mais de 120%. Transplantes de rim somaram 415 cirurgias, enquanto os hepáticos chegaram a 238. Já os transplantes de córneas alcançaram mil e 75 procedimentos, aumento de 46% em comparação a 2019.
O Sistema Estadual de Transplantes do Paraná conta cerca de 700 profissionais e inclui 70 Comissões Intra-Hospitalares, além de 60 equipes responsáveis por transplantes de tecidos e 23 equipes para transplantes de órgãos sólidos. O Estado possui ainda 16 centros de transplantes de órgãos, 25 centros de córneas, 23 centros musculoesqueléticos, seis centros de válvulas cardíacas, cinco bancos de tecidos e seis laboratórios de histocompatibilidade.
O Sistema Estadual de Transplantes do Paraná passou pela maior renovação de frota em 2024, com a compra de 18 veículos, em um investimento de 1 milhão e 900 mil reais. Nove carros foram destinados à Central em Curitiba, e três para cada uma das Organizações de Procura de Órgãos em Cascavel, Maringá e Londrina. A Casa Militar também recebeu duas novas aeronaves, totalizando 12 para o transporte de órgãos e equipes médicas.
O Estado investiu ainda na capacitação de profissionais, com 28 cursos sobre morte encefálica, 19 sobre doação de órgãos, além de formações para entrevistas familiares e atuação em centros cirúrgicos.
Foram capacitados mais de mil e 100 profissionais de saúde e realizadas 75 palestras que impactaram cerca de 2 mil pessoas, reforçando a importância da doação de órgãos e tecidos.