Daffiny Delgado / Única News
João Vieira
Após dez anos longe da capital mato-grossense, João Arcanjo Ribeiro chegou na madrugada desta quinta-feira (14), e está no raio cinco da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Segundo informações, o raio cinco é apontado como o de maior segurança e onde ficam os presos considerados de alta periculosidade.
Arcanjo chegou em um voo comercial da Avianca. O ex-bicheiro foi preso em 2003, em Montevidéu, no Uruguai, depois que a Polícia Federal deflagrou em Mato Grosso a operação Arca de Noé, para desarticular o crime organizado no estado.
A Justiça estadual sempre alegou que Arcanjo representa perigo ao sistema carcerário de Mato Grosso e que ainda possui influência em organização criminosa.
A determinação da transferência foi da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no dia 01 de agosto. A decisão foi dos desembargadores Paulo da Cunha, que é relator do caso, Rondon Bassil e Gilberto Giraldelli. Eles basearam sua escolha na falta de argumentação concreta apresentada pelas unidades federais.
Desde 2016, Arcanjo esteve detido no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. E, em janeiro deste ano, a permanência do ex-comendador em Mossoró foi renovada, por causa da alta periculosidade do condenado e a falta de estrutura da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Prisão
Preso pela morte de Sávio Brandão, Arcanjo já tentou, nesses quase 10 anos retornar para Cuiabá, e ainda, esteve em mais outras duas penitenciárias Federal.
"Por estas razões, dou provimento ao agravo em execução manejado por João Arcanjo Ribeiro, a fim de reformar a decisão que solicitou a sua permanência em unidade prisional federal, por mais 360 dias, determinando que seja oficiado o Juízo Federal de Mossoró/RN, para que proceda ao retorno do preso ao sistema prisional estadual", diz trecho da decisão que autorizou a transferência de Arcanjo.
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