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POLÍCIA Sexta-feira, 11 de Maio de 2018, 09:40 - A | A

11 de Maio de 2018, 09h:40 - A | A

POLÍCIA / EM CAMPO NOVO DO PARECIS

Cadáveres de vítimas que foram executadas por facção criminosa são encontrados

Da Redação



(Foto: Polícia Civil)

campo novo

 

Foram encontrados restos mortais de vítimas, executadas por membros de facção criminosa em Campo Novo do Parecis (a 397 km de Cuiabá). As buscas foram feitas na manhã desta quinta-feira (10), em conjunto com a Polícia Jucidiária Cívil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Um dos suspeitos que é ex-militar do Exército foi preso na quarta-feira (10), e confessou os crimes.

 

Segundo informações da polícia, a investigação iniciou após os policiais tomarem conhecimento de um vídeo da execução de um homem de 24 anos, com o nome não divulgado, em 01 de abril deste ano. Um dos suspeitos de praticar o crime, foi identificado como Jose Elgy Alves Silva, 31, ele foi preso em cumprimento a mandado de prisão e de buscas, após representação da autoridade policial.

 

O delegado que conduz as investigações, Adil Pinheiro de Paula, disse que o suspeito é  apontado como líder de uma facção criminosa que age na região. Ele é dono de duas borracharias e uma boate na cidade – com faturamente mensal declarado em R$ 22 mil.

 

"Na Delegacia, ele confessou com frieza os cinco homicídios (4 consumados mediante execução e uma tentativa). Ele possui perfil psicológico diferente, não mostra arrependimento (inclusive comenta que as vítimas imploravam pela vida) e nenhuma preocupação em ir pra cadeia. Na verdade se vangloriava das mortes em grupos nas redes sociais (whatsapp) com outros integrantes de facção criminosa", explica o delegado.

 

Ainda de acordo com o delgado, o suspeito não confessa integrar organização criminosa, mas as investigações comprovam que ele atuava como o “disciplina” - o responsável por aplicar penalidades. 

 

Em interrogatório na quarta-feira (09) ele afirmou matar pessoas que estavam cometendo roubos e furtos na região. Justificou que a maioria das mortes eram de usuários de drogas e suspeitos da pratica de pequenos furtos e roubos, e que, segundo ele atuava como uma espécie de justiceiro que só fez bem para a sociedade ao retirar "esse pessoal de circulação", em suas palavras.

 

No entanto, conforme explica o delegado, esse argumento é uma estrategia da facção criminosa a que José pertence, para "dominar" o submundo do crime (especialmente o tráfico de drogas), buscando controle e poder de uma área inteira. Em uma fotografia o suspeito aparece, fazendo gesto com as iniciais de uma facção criminosa (de origem carioca) segurando ossos dos cadáveres mortos por ele. 

 

As investigações prosseguem, para identificar e prender outros envolvidos que aparecem no vídeo.

 

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