Wellyngton Souza / Única News
(Foto: PJC-MT)
O cabo da Polícia Militar, Gerson Correa, foi o último a ser ouvido no inquérito do caso dos grampos clandestinos na última segunda (16), após o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Mauro Campbell Marques, ter solicitado os inquéritos do caso que antes estava sob a responsabilidade do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri.
Depois de ser ouvido, a delegada Ana Cristina Feldner, uma das responsáveis nas investigações, afirmou que caso a Polícia Civil tivesse mais 24 horas à frente das investigações poderia avançar ou até mesmo chegar a um desfecho. De acordo com Feldner, uma diligência que estava em curso no dia da interrupção das investigações, se concluída, poderia indicar a origem e os mandantes do esquema.
"Nós estávamos investigando e conseguimos um deslanchar, um avanço muito grande, que seriam substanciais para a investigação. Ao ponto que, quando recebemos a notícia da decisão do STJ, via imprensa, ficamos surpresos e entendemos, naquele momento, que a investigação poderia ter um prejuízo”, disse.
Depois de colaborar com as investigações, os delegados responsáveis pelo caso, Ana Cristina Feldner e Flávio Stringuetta, pediram a soltura do cabo da Polícia Militar, Gerson Correa.
Gerson revelou parte dos esquemas, entre eles que o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, fez o pagamento de R$ 50 mil ao coronel da PM Evandro Lesco para bancar as interceptações e ainda declarou que o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) também realizou interceptações telefônicas no estado na modalidade conhecida como 'barrida de aluguel'.
E ainda, de acordo com Gerson, preso acusado de participar do esquema e sendo principal operador do sistema Sentinela e Wyton, confessou ter destruído o HD em que ficavam armazenadas as interceptações ilegais feitas supostamente pelo alto escalão da PM.
Cabo Gerson revelou a criação de uma “estória cobertura” para que Gaeco investigasse uma trama de atentado contra Selma. A irregularidade teria sido cometida com a anuência do então coordenador do Gaeco, Marco Aurélio de Castro e da própria magistrada para que fossem interceptados o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva.
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