Karollen Nadeska / Única News
(Foto: Internet)

O filho do delegado Rodrigo Sant Anna, Endrigo Sant Anna, acusa a unidade prisional de Santo Antônio do Leverger, da Polícia Judiciária Civil (PJC), de maltratar o pai, que segundo ele, sofre de depressão e não estaria recebendo os mínimos cuidados médicos no local.
No vídeo encaminhado com exclusividade a ÚnicaNews, o delegado parece estar muito debilitado, e de acordo com a família corre risco de vida.
“O estado dele é degradante. Como podem manter meu pai numa prisão neste estado, como lixo”, disse Endrigo.
Rodrigo foi preso no dia 18 de setembro por posse irregular de arma de fogo de uso restrito, na cidade de Chapada dos Guimarães. Ele, que é delegado da PJC, está licenciado das funções desde o dia 11 de agosto deste ano para tratatamento de depressão. O delegado inclusive, era lotado na Academia de Polícia Judiciária Civil (Acadepol).
Outro lado
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (SEJUDH) negou que o delegado venha sofrendo maus-tratos, tampouco a falta do recebimento de atendimento médico.
Informou inclusive que existe um único registro oficial da família, que está com o endereço do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e que desde que o delegado foi detido, o mesmo não tem recebido visitas de parentes ou pessoas próximas. No entanto, o próprio delegado teria dito que é pai de cinco filhos.
Ainda de acordo com a Pasta, não há nenhum tipo de impedimento da unidade com relação à visitas por parte da família.
Quanto ao estado de saúde do delegado, a Sejudh justificou que a unidade só cumpre ordens e que tanto a PJC, quanto a Comarca do município de Santo Antônio já foram comunicadas sobre a situação. Agentes estariam empenhados em ajudá-lo a restabelecer o quadro clínico, mas ele se nega a tomar remédios e se alimentar.
Nova versão
Em contato com o portal, Endrigo (filho do delegado) confirmou a existência de outros filhos. Entretanto, justificou que prefere não expor a situação a todos da família.
“Sou do primeiro casamento. Quanto aos demais não estamos expondo a situação. Quero que saiba que meu pai não está abandonado, moramos em estados bem distantes e recursos limitados, mas assim como eu, irmãos e ex-esposas tem acompanhado de perto a situação”.
Questionado sobre as visitas, Endrigo alegou que devido o ocorrido em Chapada dos Guimarães, os filhos estão muito assustados e por este motivo ele precisou retornar para o Rio de Janeiro.
“Tive que voltar pro Rio por causa dos meus filhos, eles estavam em estado de choque com o acontecido, e com isso não consegui voltar, mas amigos dele tem nos deixado a par de toda situação inclusive o advogado”.
Sobre a Justiça Estadual e as providências cabíveis, o filho do delegado contou que o sistema, muito antes do pai ser detido, já havia sido ajuizado do estado mental e que desde o ano passado ele não toma medicamentos.
“Eles sabem que ele não toma os medicamentos desde o ano passado devido a depressão e a justiça o mantém nessas condições. Sabem desde sempre que o pai não vem se alimentando".
Ainda de acordo com a família, o descaso é de total responsabilidade do Estado, já que o que o delegado vem passando por este problema a um certo tempo e que o fato é de conhecimento de todos.
“A assistente social da PJC vinha conversando comigo, demonstrando essas condições que ele apresentava, meu pai entrou na delegacia, no dia da prisão, falando, andando, com uma alimentação deficiente já não comia nada, era uma luta e hoje vejo ele assim, o que é pior sob responsabilidade do estado que ele defendeu com orgulho, evitando inclusive a morte de muitos juízes como ele sempre falava com brilho nos olhos. Isso é uma barbárie, ele sentenciado a uma pena de morte”, desabafa.
Em novo contatato, a Sejudh informou que a Justiça solicitou nova medida para melhor tratar o estado de saúde de Rodrigo.
Veja o vídeo:
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