Da Redação
(Foto: Reprodução)
O empresário Guilherme Dias de Miranda – apontado como mandante do assassinato do personal trainer, Danilo Campos, após ser traído pela esposa -, denunciou estar sendo ameaçado por facções dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde cumpre pena pelo crime.
O juiz Flávio Miráglia Fernandes, recebeu a denúncia durante audiência realizada na 12ª Vara Criminal no Fórum de Cuiabá, na tarde dessa sexta-feira (29). As ameaças também foram estendidas a Walisson Magno da Silva, amigo de Guilherme que teria sido contratado para executar o crime.
“No presídio tem facção e eu preciso mudar do lugar que estou ficando. Não faço parte de nenhuma facção”, disse Guilherme ao magistrado, durante a audiência.
As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), através de testemunhas que foram ouvidas e material extraído do celular da vítima apontaram que Guilherme seria envolvido à facção criminosa Comando Vermelho. Essas informações foram repassadas para Danilo como uma forma de se prevenir sendo que ele vinha sendo ameaçado de morte por Guilherme.
Diante da denúncia, o juiz com intenção de preservar a integridade física dos réus, redigiu um mandado ordenando ao líder de equipe da PCE que mude o local de detenção da dupla.
Ainda na sexta-feira, um dos investigadores da Delegacia de Homicídio de Proteção à Pessoa (DHPP) informou durante um depoimento que os trabalhos da delegacia mostrou que houve vazamento de informações dos autos de dentro do Fórum para Guilherme e Ane Lise como decisões judiciais e relatórios de inteligência, além de decisões do MPE.
A testemunha disse ainda que Guilherme Dias também sabia que havia um mandado de prisão contra ele. Devido a isso, conseguiu fugir para São Paulo, onde tinha a intenção de pegar um voo para os Estados Unidos (EUA). "Isso causou bastante indignação em nós".
Ane Lise informou a polícia que cada informação desta custava R$ 5 mil.
O promotor de Justiça que atua no caso afirmou que irá se aprofundar no assunto e que se houver atuação dos advogados nessa compra de informações, será considerado um ato inadmissível.
Entenda o caso
O personal trainer, Danilo Campos, trabalhava em uma das unidades da academia "Smart Fit", no Shopping Três Américas e era filho do vereador de Várzea Grande, Nilo Campos (DEM).
Danilo foi assassinado no dia 8 de novembro de 2017, no bairro Jardim Cuiabá, próximo a uma distribuidora de bebidas. Segundo investigações, Wallisson Magno, de 27 anos, é suspeito de matar o personal quando saia da academia a mandado do Guilherme Dias de Miranda, de 35 anos.
As investigações apontam que o pivô do assassinato seria a esposa de Guilherme, Ane Lise Hovoruski, de 29 anos, que teria causado ciúmes no marido por um suspeito caso com Danilo Campos.
Wallison e Guilherme foi preso no dia 9 de março em São Paulo. Segundo a polícia, os dois estavam foragidos da Justiça e foram encontrados com passagens compradas para fora do país.
Uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial próximo ao local do crime, flagrou o momento em que o personal foi executado.
Ane foi presa no dia 20 de fevereiro na cidade de Foz do Iguaçú, no Paraná.
Quando Guilherme descobriu o caso extraconjugal da mulher com o personal, teria ordenado e oferecido uma quantia entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, para que Magno matasse Danilo. Informações estas ditas por Ane, em seu depoimento à delegada responsável pelo caso Alana Cardoso.
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