Ari Miranda
Única News
Em depoimento na tarde desta quarta-feira (3), o criminoso Claudemir Ferreira dos Santos (34) confessou que matou por ciúmes a namorada Rosângela Oliveira da Silva (49). O feminicídio aconteceu na cidade de Juscimeira (160 Km de Cuiabá) no início desta semana e chocou a pequena cidade, no sul do estado.
O corpo de Rosângela foi encontrado por policiais militares dentro de casa, na tarde de terça-feira (2). Segundo os militares que atenderam a ocorrência, a mulher foi encontrada caída no chão da cozinha, morta com 10 facadas e a arma do crime cravada em seu pescoço.
Em conversa com policiais militares, vizinhos da vítima revelaram que na noite anterior ouviram gritos e discussão entre Rosângela e Claudemir, que fugiu do local logo após o crime com o carro da vítima, um Fiat Cronos.
O criminoso foi preso em um cerco feito pela Polícia Militar da Bahia, na manhã desta quarta-feira, na cidade de Ibotirama, no oeste do estado. O criminoso seguiria viagem para uma cidade no interior baiano, onde nasceu e se criou, porém foi interceptado após uma rápida ação e troca de informações entre as Polícias Civil e Militar baiana, de Mato Grosso e do Estado de Goiás.
Durante o interrogatório na Delegacia de Ibotirama, o feminicida confessou o crime, destacando que matou a vítima após chegar na casa dela, na noite de segunda-feira (1º), por volta das 20 horas.
Com o fugitivo, a polícia apreendeu o celular e o cartão bancário da vítima. Além disso, após matar a namorada, Claudemir também furtou o veículo dela, utilizado por ele para ir até a cidade de Rondonópolis (218 Km de Cuiabá).
A FUGA
Com o registro do crime, na manhã de terça-feira (2), a Polícia Civil de Mato Grosso iniciou as diligências e reuniu informações que possibilitaram traçar um roteiro inicial dos passos da fuga de Claudemir.
Segundo as investigações da Delegacia de Juscimeira, após o crime, o assassino pegou o veículo de Rosângela, um Fiat Cronos, e seguiu até Rondonópolis (a 57 Km do local do fato).
Assim que chegou em Rondonópolis, Claudemir abandonou o carro da namorada no pátio de um posto de combustíveis e dali pegou um táxi para a cidade de Jataí, no sudoeste de Goiás.
Com informações da inteligência das Polícias Civil e Militar de Goiás, a equipe de investigação de Mato Grosso apurou que o assassino embarcou em um ônibus para Goiânia, onde comprou uma passagem para cidade de Aracaju, no Sergipe. Contudo, não embarcou.
A delegada Juliana Buzetti explicou que a passagem comprada para o estado do Sergipe foi uma tentativa do criminoso de despistar as buscas policiais.
“Com apoio importante de informações das Polícias de Goiás e da Bahia, chegamos ao paradeiro dele, que embarcou em um ônibus para o interior baiano, com destino, provavelmente, à região onde nasceu”, explicou.
O veículo da vítima foi localizado pela equipe de investigação da Delegacia da Mulher de Rondonópolis, no local indicado pelo suspeito e já foi restituído aos familiares de Rosângela.
NEGOU AGRESSÕES
Questionado se agrediu a vítima antes de matá-la, Claudemir negou. Porém, a delegada de Juscimeira, Juliana Buzetti, refutou as alegações, destacando que o corpo da vítima apresentava manchas roxas no braço, pescoço e boca, sinais que indicam ter havido luta corporal entre ela e o agressor antes do crime.
(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Claudemir e a vítima Rosângela. Ao fundo, o veículo da vítima, utilizado na fuga após o crime.
O CRIME
O corpo de Rosângela foi localizado em sua residência, na tarde de terça-feira, com diversas perfurações de faca.
A Polícia Militar foi acionada pelo filho da vítima, que informou não ter conseguido contato com a mãe. Preocupado, ele foi até a casa dela e percebeu que o vidro da porta da frente estava quebrado.
Ao entrar no quintal da residência, os PMs avistaram pela janela o corpo da vítima caído no chão da cozinha. Os policiais quebraram o cadeado para entrar na casa e verificaram que a mulher já estava sem vida.
A delegada Juliana Buzetti pontua ainda que os sinais encontrados indicam que a vítima tenha sido morta entre segunda e terça-feira, contudo, apenas os exames periciais poderão atestar tecnicamente o período em que ocorreu o assassinato.
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