Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2019, 18:14 - A | A

14 de Janeiro de 2019, 18h:14 - A | A

POLÍCIA / DE R$ 9,5 MIL PARA R$ 28,5 MIL

Juiz aceita pedido do MPE em aumentar fiança de professora que atropelou 3 jovens

Claryssa Amorim
Da Redação



O Ministério Público Estadual entrou com pedido para que fosse aumentada de R$ 9,5 mil para R$ 28,5 mil a fiança da professora substituta e bióloga da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rafaela Screnci Ribeiro, e foi aceita pelo juiz plantonista Jeverson Luiz Quinteiro. 

A professora foi presa e liberada de pagar fiança, após atropelar os três jovens, Hya Girotto, de 21 anos, Myllena de Lacerda, de 22 anos, e o Ramon Viveiros, em frente à Valley Pub, na avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá.

Para o MPE, "o valor da fiança deve ser aumentado levando-se em conta a gravidade da ação, da grande repercussão dos fatos, das graves consequências dos fatos e, ainda, por servir a fiança como garantia para pagamento de indenização do dano”.

De acordo com o magistrado pontuou que a fiança de R$ 9,5 mil, determinada na audiência de custódia, não foi errada, já que a bióloga era primária e de 'bons antecedentes', sem periculosidade e que o valor era quase o dobro do salário mensal dela.

No entanto, o juiz Quinteiro entendeu que o dinheiro ou objetos servirão para o pagamento de indenização às famílias e com isso sendo necessário o aumento no valor.

“O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão, também, para o pagamento de indenização do dano causado pelo custodiado, de modo que, quanto a este quesito, a fiança arbitrada, de fato, não se mostra suficiente para garantir futura indenização (...),sendo lícito, portanto, o reforço da fiança".

O magistrado destacou ainda as medidas cautelares: proibição e suspensão do direito de dirigir; comparecimento mensal ao juízo; se recolher a noite, finais de semana e feriados em casa e obrigação de comparecer a todas as fases do processo. 

Entenda o caso

(Foto: Reprodução)

jovens atropelados.jpg

 

O acidente foi causado pela bióloga que é professora substituta da Universidade Federal de Mato Grosso, quando dirigia em alta velocidade em uma picape Renault Oroch. 

O Instituto Médico Legal emitiu nota informando o resultado do laudo sobre o estado de embriaguez da professora, que deu ‘negativo. Foi comprovado que ela não estava bêbada no momento do acidente.

De acordo com o IML, o intervalo de três horas entre o momento do acidente e o exame pode ter influenciado o resultado.

Quando Hya Girotto foi internada, os médicos informaram que ela corria o risco de ter o braço direito amputado, devido a má circulação do sangue. Ela sofreu fraturas graves nos dois braços. Nesta quarta-feira, amigos e familiares anunciaram que está fazendo uma 'vaquinha' para custear o tratamento após alta médica. 

O cantor, Ramon Viveiros, ficou internado no Hospital São Mateus, mas após o dia 26 de dezembro, ele apresentou piora e acabou morrendo. 

Já a terceira vítima, estudante de direito e servidora do Fórum de Várzea Grande, Myllena foi arremessada ao ser atingida pelo veículo e morreu no local. Após ser arremessada pelo carro, a bióloga ainda passou por cima da estudante, tentando fugir.

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