MidiaNews
A juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou as medidas cautelares impostas à servidora pública Ellen Gonçalves Santana, de 35 anos, acusada de atirar no rosto do policial militar Alexssandro Moreira de Oliveira, de 32 anos, no ano passado, na Capital.
A decisão da magistrada atendeu a um pedido da própria defesa da vítima, que, conforme os autos, reatou o relacionamento com a mulher, logo após ela deixar a prisão, em julho de 2015.
O advogado Fábio Lessa, que defende Alexssandro, disse que essa foi uma decisão pessoal e, por isso, prefere não comentar sobre o assunto.
O crime ocorreu no dia 5 de abril do ano passado, no bairro Jardim Independência, em Cuiabá.
No mesmo dia, Ellen foi detida e levada para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, onde permaneceu presa por três meses.
Em julho daquele ano, a servidora pública foi colocada em liberdade, por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
À época, o desembargador Orlando de Almeida Perri determinou que ela teria que usar tornozeleira eletrônica e manter pelo menos 100 metros de distância do policial militar.
“Diante do fato novo, relatado pela advogada e ratificado pelo ofendido e por alguns de seus familiares, no sentido que, atualmente, ele e a ré estão vivendo juntos, na casa da mãe dela, aliado ao longo período dessas medidas, pelos atrasos processuais certificados nos autos, com as quais a ré não contribuiu, revogo as medidas cautelares dantes impostas”, diz trecho da decisão da magistrada.
A juíza, porém, proibiu Ellen de mudar de residência, de se aproximar e de manter contato com os familiares de Alexssandro, “visando assegurar a aplicação da lei penal e evitar o risco de novas infrações”, já que ela também é acusada de agredir as filhas do PM.
Maria Aparecida Fago também proibiu a mulher de se ausentar da Comarca de Cuiabá por mais de trinta dias, sem comunicação prévia e autorização da autoridade processante.
Ellen terá ainda que comparecer perante a autoridade todas as vezes em que for intimada para ato a ser realizado e para eventual julgamento.
“Em caso de descumprimento de qualquer delas, poderá ser redecretada sua prisão preventiva, nos termos da lei (CPP, parágrafo único do artigo 312). Concomitantemente, deverá assinar o termo de compromisso lavrado”, afirmou a juíza.
O caso
O crime aconteceu na casa da mãe de Alexssandro, localizada no bairro Jardim Independência, em Cuiabá, no dia 5 de abril.
Conforme o boletim de ocorrência, policiais que faziam rondas pelo bairro se depararam com a mãe do PM pedindo socorro.
Eles entraram na residência e viram o policial caído em uma área externa. Em seguida, o encaminharam para o Hospital Jardim Cuiabá.
Durante o tempo em que ficou internado, o militar correu risco de morte, entrando em coma três vezes.
No dia do crime, Ellen foi levada para o Plantão Metropolitano da Capital.
Em depoimento, ela alegou que o tiro contra Alexssandro foi disparado de forma acidental.
A versão dada pela mulher era de que ela estava dormindo próximo à piscina da casa, quando o ex-namorado a acordou com uma mordida no pé e a chamou para ir embora, o que a teria assustado.
Ellen afirmou que o policial era "apressado" e que, por isso, se levantou rápido para pegar a bolsa, onde tinha guardado a arma que pertencia a ele.
Segundo ela, ao estender a mão para entregar a pistola, teria ocorrido o disparo.
Ainda no hospital, Alexssandro de Oliveira afirmou à Polícia que Ellen atirou em seu rosto intencionalmente.
Ele negou que teria deixou a arma, de uso restrito da Polícia Militar com a mulher.
Em entrevista ao MidiaNews, dois meses depois do ocorrido, o PM afirmou, porém, que a perdoava.
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