Ari Miranda
Única News
O primeiro laudo de DNA concluído pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), no caso da chacina de Sorriso 9397 Km de Cuiabá), desmente a versão apresentada pelo assassino, o pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos (32) em seu depoimento.
Em seu relato, o criminoso afirmou ter estuprado as vítimas Cleci Calvi Cardoso (46) e as filhas dela Miliane (19) e Manuela Calvi Cardoso (13), usando apenas os dedos. Contudo, o material genético encontrado na menor de 13 anos comprova que houve sim a conjunção carnal.
Além de Cleci e das filhas mais velhas, a filha caçula dela, Melissa Calvi Cardoso também morreu na barbárie, sendo esta a única vítima que não foi estuprada pelo pedreiro, que a matou asfixiada com um travesseiro.
O crime chocou até mesmo a polícia local, tamanha a atrocidade e requintes de crueldade do assassino.
“O interrogado esclarece que não fez nada com o corpo da vítima menor; que quanto às outras três vítimas, o interrogado afirma que depois de tirar as roupas delas introduziu os dedos nas vaginas delas. [...] Questionado se introduziu o pênis em alguma das vítimas, o interrogado afirma que não”, diz trecho do inquérito policial.
O primeiro laudo da perícia foi concluído na sexta-feira (1º) e desmente a versão apresentada em depoimento.
“O exame comprovou que o material genético coletado nas partes íntimas da vítima Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos, é compatível com a amostra doada pelo suspeito”, diz trecho de nota.
Entre os outros laudos periciais que ainda estão em análise está a dos tufos de cabelo encontrados na mão da filha mais velha, de 19 anos, possivelmente arrancados da cabeça de Gilberto que, na ocasião de sua prisão, apresentava uma falha de cabelo na cabeça, e também a análise das roupas que o assassino usou no dia do crime.
O CRIME
Cleci e suas filhas foram assassinadas entre a noite de sexta-feira (24/11) e a madrugada do sábado (25/11). Os corpos, no entanto, só foram encontrados na manhã de segunda-feira (27/11) por agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
O chefe da família trabalha como caminhoneiro e estava no Estado do Paraná a trabalho e perdeu contato com a família na noite de sexta-feira.
Gilberto Rodrigues foi preso minutos após os corpos serem encontrados. Ele confessou a autoria da chacina e se entregou à Polícia. Com ele, foram apreendidas as roupas íntimas que as vítimas usavam no dia do crime, as quais o pedreiro levou como uma espécie de “troféus” do crime.
Cleci e as duas filhas mais velhas foram degoladas e estupradas enquanto ainda agonizavam. Já a filha caçula foi morta asfixiada com um travesseiro.
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