Da Redação
(Foto: Reprodução)
Em seu depoimento, Carlos Alexandre Meireles - amigo de infância do personal trainer Danilo Campos, que foi assassinado a tiros, em novembro do ano passado -, o mandante da morte, Guilherme Dias de Miranda, era ligado ao Comando Vermelho.
A declaração de Carlos Alexandre Meireles foi dada nesta última quarta-feira (18), na 11ª Vara Criminal, no Fórum de Cuiabá.
O amigo de Danilo, afirmou que o personal foi ameaçado por Guilherme, devido ao caso extraconjugal com Ane Lise Hovoruski, 29 ,atualmente sua ex-mulher. Ele destacou que o amigo lhe contou sobre as ameaças que vinha sofrendo de Guilherme. Diante disso, Alexandre resolveu pesquisar sobre o marido traído, que morava no mesmo condomínio que ele.
Conforme Alexandre, na época foi alertado pelo segurança do condomínio para que o personal tomasse cuidado com Guilherme, pois segundo o funcionário, o criminoso possuía ligações com a facção criminosa Comando Vermelho.
Ainda no depoimento, Alexande contou que preocupado com as ameaças, Danilo chegou a pedir uma arma emprestada, já que Alexandre é sócio de um clube de tiros. E que teria convencido o personal a desistir da ideia, já que ele não era acostumado com o manuseio de armas.
Ele também confirmou que o personal lhe mostrou os prints das ameaças que sofria de Guilherme. "Já sei de tudo, vou atrás dele e de você", diziam os recados pelo enviado por WhatsApp.
Por outro lado, as testemunhas de defesa, que também prestaram depoimentos nesta quarta, disseram bem ao contrário do amigo do personal, que Guilherme era uma pessoa tranquila e que não teria envolvimento com o Comando Vermelho.
O personal Danilo se envolveu com Ane Lise na academia Smart Fit Goiabeiras. Ela era aluna dele. O caso foi descoberto por Guilherme que, enciumado, passou a ameaçar de morte o personal trainer.
O crime
O personal trainer foi assassinado com cinco tiros à noite, no dia 8 de novembro, no bairro Jardim Cuiabá, próximo a uma distribuidora de bebidas. De acordo com testemunhas, Danilo Campos foi abordada por dois rapazes em uma motocicleta que atiraram contra ele. O homicídio foi registrado por volta das 22 horas.
Uma câmera de segurança de um estabelecimento comercial próximo ao local do crime, flagrou o momento em que o personal foi executado.
De acordo com as investigações, Ane Lise Hovoruski, de 29 anos, foi apontada como o pivô do caso. Ela foi presa no dia 20 de fevereiro na cidade de Foz do Iguaçú, no Paraná. Ane teria tido um relacionamento com a vítima, enquanto estava casada com o suspeito.
Quando ele descobriu o caso extraconjugal da mulher com o personal, teria ordenado e oferecido uma quantia entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, para que Magno tirasse a vida de Danilo. Informações estas ditas por Ane, em seu depoimento à delegada responsável pelo caso Alana Cardoso.
Análises das ligações telefônicas do personal, da suposta amante e de seu marido Guilherme Dias de Miranda (apontado como mandante do crime), e do suposto atirado, Walisson Magno, concluem que Ane Lise [amante] usando um número telefônico, habilitado naquela semana, teria ligado para a vítima, marcando encontro onde ele foi executado.
Ane foi posta em liberdade pela polícia, após aceitar colaborar com as investigações do caso. Conforme informações, durante o interrogatório feito à delegada Alana, a suspeita demonstrou ser ameaçada (no passado e presente) pelo ex-companheiro Guilherme Dias.
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