Claryssa Amorim
(Foto: reprodução/Facebook)
O médico Denis Furtado, responsável por matar a gerente de banco em Cuiabá, Liliax Calixto, após realização de procedimento estético em cobertura de um apartamento no Rio de Janeiro, já tem passagens criminais por homicídio, porte ilegal de arma e ameaça. As informações são da delegada responsável pelo caso, Adriana Belém, que informou que ele continua foragido.
A equipe auxiliar do médico contou com três pessoas, além de Denis Furtado, foi a namorada, Renata Fernandes, de 20 anos, estudante de técnica de enfermagem, a médica e mãe dele, Maria de Fátima Barros Furtado, que tem o CRM cassado no Rio de Janeiro e uma outra mulher.
A namorada foi presa no domingo (15) e a mãe está foragida. Ele teve sua prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro por negligência e homicídio doloso. A polícia fez buscas e apreensões no apartamento de Denis, nesta segunda-feira (16) e encontrou anotações, produtos e medicações utilizados nos procedimentos.
(Foto: Polícia RJ)
De acordo com a 16ª DP, ainda está sendo investigado, mas ele tem passagens por homicídio, que seria também uma vítima de procedimento estético.
A namorada do médico já foi ouvida pela delegada Belém e informou que o procedimento de Lilian, custou R$ 20 mil. Ela alegou que não ajudava nos procedimentos e que apenas trabalhava como secretária agendando consultas.
“A função que eu exercia no escritório do Denis era secretariado. Eu não ajudava ele em nenhum procedimento”, disse.
Sobre a quarta integrante da equipe, Belém informou que é uma empregada, Rosilane Pereira da Silva, que emprestava o nome para a abertura da clínica, que na verdade é um salão de beleza.
"Todos os quatro foram indiciados por homicídio doloso qualificado e associação criminosa”, disse Belém.
Conforme ainda a delegada, a Justiça entendeu que não era necessária a prisão da Rosilene, devido a indícios de que não ajudou a realizar o procedimento diretamente.
A gerente de banco morreu após no domingo (15), após um procedimento estético nos glúteos, no sábado (14). A família de Lilian, informou que não tinha conhecimento de que o método seria realizado em cobertura de apartamento. Segundo o enteado da bancária, Alessandro Jaberce, a equipe do médico Denis Furtado, informou que o procedimento seria totalmente seguro e realizado em uma clínica estética.
No entanto, a bioplastia foi realizada por Furtado, na cobertura dentro de seu apartamento, no sábado (14). Ela morreu no domingo (15), após complicações do procedimento para aumentar os glúteos, causando uma embolia pulmonar.
A delegada disse que a princípio, Lilian Calixto, contratou o serviço para ser realizado em clínica de estética com todo o amparo necessário. Informou ainda que o médico não tem licenciamento para realizar cirurgias no RJ, sendo apenas em Goiânia e Brasília.
“Já levantamos informações de que em outras oportunidades, aconteceu com a cliente de contratar o serviço em clínica e ao descobrir que seria feito em apartamento, acabou desistindo do procedimento. Ao chegar, ela recebeu a informação de que seria feito na cobertura e com o momento, acabou sendo feito no local”, disse.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Nelson Nahon, confirmou as informações da delegada de que Denis Furtado não tem autorização para trabalhar na capital.
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