14 de Julho de 2025
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POLÍCIA Sábado, 14 de Junho de 2025, 07:55 - A | A

14 de Junho de 2025, 07h:55 - A | A

POLÍCIA / POLÍCIA INVESTIGA ZOOFILIA

Mulher trans e namorado usavam as redes sociais para adotar animais vítimas de maus-tratos

O casal usava grupos de adoção em redes sociais como WhatsApp e Instagram para captar cães e gatos, que teriam sido vítimas de zoofilia, tortura e morte. Ao menos 11 animais são alvo da apuração

Única News
Da Redação



A prisão de uma mulher trans e seu namorado, investigados por maus-tratos e violência sexual contra animais em Cuiabá, acendeu um alerta entre protetores independentes e organizações de proteção animal. O casal usava grupos de adoção em redes sociais, como WhatsApp e Instagram, para captar cães e gatos que teriam sido vítimas de zoofilia, tortura e morte. Ao menos 11 animais são alvo da apuração.

O caso é tratado por cuidadores como a “ponta do iceberg” de um problema mais amplo: a falta de controle nas adoções feitas em ambiente virtual. Protetores relatam que o casal mantinha o mesmo padrão — se apresentava como adotante, buscava o animal e logo depois interrompia qualquer contato.

A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) prendeu os dois entre quinta (12) e sexta-feira (13), após denúncias feitas por integrantes de ONGs. O homem foi solto por falta de provas após prestar esclarecimentos. Já a mulher continua detida.

Durante as diligências, a polícia encontrou um filhote de cachorro, rações e lençóis com manchas de sangue na casa da investigada, no bairro Porto. O corpo de um gato foi localizado em um terreno próximo.

Diante do caso, cuidadores e entidades como a OPA-MT e o projeto Tampatinhas iniciaram a organização de um protesto em Cuiabá, que deve ocorrer nos próximos dias. A mobilização cobra mais fiscalização em adoções online, criação de um cadastro estadual de adotantes, delegacia permanente para crimes contra animais e apoio às ONGs.

A coordenadora da OPA-MT, Michelle Scopel, afirmou que mesmo com triagens rigorosas, ainda há brechas que colocam os animais em risco.“Esse caso é só a ponta do iceberg. Fazemos entrevista, visita, exigimos castração e ainda assim acontecem situações como essa. É urgente discutir políticas públicas para proteção animal.”

As investigações continuam. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela Polícia Civil.

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