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POLÍCIA Domingo, 20 de Maio de 2018, 11:13 - A | A

20 de Maio de 2018, 11h:13 - A | A

POLÍCIA / NA MIRA DA LEI

Para reprimir ação, 63 pontos de desmanche são fiscalizados pela Civil

Da Redação



(Foto: PJC-MT)

delegado-  Vitor Hugo Teixeira Bruzulato.- PJC-MT 2.jpg

 

Sessenta e três pontos com suspeitas de utilização para desmanches de veículos foram vistoriados pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), em 2018.

 

O desmanche de veículos, seja automóveis, caminhonetes ou motocicletas, é uma das modalidades criminosas que mais fomenta o roubo e furto para o comércio clandestino de peças no mercado, conforme explica o delegado titular da Especializada, Vitor Hugo Teixeira Bruzulato.

 

“Os veículos mais atrativos são os populares devido à quantidade maior em circulação. Tanto carro quanto moto, os populares CG (moto), Gol e Uno são os mais visados para desmanches. As caminhonetes e outros automóveis também atraem os criminosos desse segmento. Temos encontrado ainda motocicletas devido a quantidade circulando em Cuiabá e Várzea Grande”, afirma.

 

As peças de veículos roubados/furtados, em sua maioria, acaba sendo comercializada na região metropolitana por apresentar maior demanda do mercado consumidor, em proporção ao interior. “Essas peças são comercializadas a 50% ou  até mais baratas que o valor de mercado”, disse o delegado.  

 

Para reprimir os delitos, a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos estabeleceu uma dinâmica de trabalho. De forma contínua, todas as semanas, uma equipe realiza vistorias em estabelecimentos comerciais, voltados à comercialização de peças de veículos e ferros-velhos, na região metropolitana.

 

Em trabalho conjunto com o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), a Especializada fez o mapeamento dos locais de desmonta de veículos, para agregar informações às investigações. “Temos feito fiscalização em todos os segmentos de motocicletas, carros e caminhões. No caso dos caminhões percebemos que existe um comércio muito grande de peças por conta do transporte que é muito intenso. Temos atacado em todas as frentes”, afirma.

 

Conforme Teixeira, o trabalho será fortalecido com a integração de outros órgãos, como a Delegacia Fazendária, Secretária de Meio Ambiente, Departamento Estadual de Trânsito e Secretaria Municipal de Ordem Pública, que passarão atuar em conjunto nas fiscalizações, além da presença da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) em todas as ações.

 

“É comum depararmos com situações de sonegação fiscal, irregularidades ambientais e relacionadas a leilões realizados pelo Detran. A Prefeitura ajuda na fiscalização dos alvarás de funcionamento”, disse o delegado.

 

Para o delegado, o apoio da população tem sido relevante no combate aos desmanches. “Temos recebido diversas denúncias anônimas nesse sentido, pelo telefone de emergência 197, da Polícia Civil”, disse. “Com isso, esperamos reduzir ainda mais os roubos e furtos de veículos em toda região metropolitana”, finalizou.

 

Desmanche e receptação

 

A Polícia Civil esclarece que tanto o vendedor, quanto o comprador dessas peças produtos de crime, são responsabilizados criminalmente. O crime é o de receptação, previsto no artigo 180, do Código Penal, que prevê pena de reclusão de 01 a 04 anos, e multa (comprador). Para quem comercializa a pena é ainda maior, reclusão de 03 a 08 anos, e multa (receptação qualificada).

 

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