23 de Abril de 2025
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POLÍCIA Segunda-feira, 18 de Julho de 2016, 08:53 - A | A

18 de Julho de 2016, 08h:53 - A | A

POLÍCIA / SEGURANÇA PÚBLICA

Policiais do GOE são treinados para operações de alta complexidade

DA ASSESSORIA



Foto: Lenine Martins/Sesp-MT

Karollen

 

Uniformizados de preto dos pés à cabeça, a ideia é que a equipe da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Judiciária Civil, se sobreponha ao indivíduo assim como a balaclava sublima a identidade de quem a usa sobre o rosto. Os treinos reproduzem à exaustão, às adversidades e agruras da vida de um policial operacional.

 

O lema é pronto e “em condições de”. Assim os policiais da Gerência de Operações de Especiais  são treinados para “Ad ultima verbum”, ou seja, dar a última resposta.

 

O GOE reúne alguns dos mais capacitados policiais civis para agirem em situações de altíssimo risco. São 30 policiais lotados na unidade especializada,  carinhosamente apelidada de “o ninho do carcará”. A ave-símbolo do grupo é uma associação da versatilidade de um bicho, que caça tanto na terra quanto na água e se adapta a qualquer ambiente.

 

Perfil diferenciado

 

Para atuar no GOE, o policial necessita possuir características pessoais diferenciadas, como determinação, equilíbrio emocional, companheirismo, disposição para aprendizado e treinamento continuado, além de disponibilidade de tempo para ser acionado a qualquer momento.

 

Os cursos com alto grau de dificuldade, a que são submetidos em diferentes Estados do país, ajudam a reproduzir situações adversas da realidade do trabalho operacional, com esgotamento físico e psicológico.

 

À frente do GOE, o delegado Ramiro Mathias Ribeiro Queiróz destaca o trabalho de sua equipe operacional. “São excelentes policiais, graduados em cursos específicos na área e, principalmente, comprometidos com o trabalho que desenvolvem, o que muitas vezes inclui carga horária superior à habitual”.

 

O chefe de operações Edcarlos da Silva Campos é investigador de polícia há 15 anos, cinco deles atuando no GOE. Ele conta que a demanda de trabalho é grande. “São em média 20 atendimentos de apoio operacional por mês. Somos acionados a qualquer hora do dia ou da noite para deslocamento a qualquer cidade de Mato Grosso, um Estado com território tão extenso. Em casos de extrema urgência parte da equipe se desloca em aeronave e outra por terra”.

 

Snipers

 

Personagem notório em filmes de ação hollywoodianos, a figura do sniper – atirador de precisão - é cercada de curiosidade. No GOE, este trabalho compete a dois policiais e é centrado no apoio à equipe para êxito na ação operacional.

 

“O trabalho do sniper não é somente o tiro de precisão. Na verdade é uma ferramenta de inteligência policial, para auxílio das investigações da Polícia Judiciária Civil”, define o investigador Bruno Monti, que juntamente com o escrivão Jefferson Vendramini, atua nesta missão.

 

Atuação

 

O GOE é acionado em ocorrências de alto risco (patrulhamento em locais perigosos, captura de criminosos em locais de difícil acesso em áreas urbanas e rurais, ocupação e retomada de pontos sensíveis, atuações em situação análoga a trabalho escravo, etc), de altíssimo risco (com reféns), ocorrências extraordinárias (ex: guerrilha cometida contra os Poderes em âmbito Estadual) e ocorrências exóticas (onde agentes químicos, radiológicos, bacteriológicos, ou afins com alto poder destrutivo ou letalidade).

 

A Gerência foi criada no fim da década de 80, com a finalidade de resolver os casos mais graves, cessar a atividade criminosa de alguns perpetradores da lei.

 

Com capacitação específica e planejamento pontual, o GOE atuou em Cuiabá durante a Copa do Mundo de 2014, em atividades de contraterrorismo, em pontos estratégicos da cidade subsede.

 

Formação continuada

 

Sob a tríade “treinar, dar treinamento e operar”, a Gerência atua na formação continuada dos policiais civis. Recentemente, os quase 500 novos investigadores e escrivães da Academia de Polícia Judiciária Civil (Acadepol) tiveram instruções com policiais do GOE sobre abordagem policial, gerenciamento de crise, armamento e tiro, entre outras afetas à atividade-fim.

 

Além disso, o estande de tiro “Nezito Pereira Nogueira” é constantemente utilizado pelos profissionais de outras delegacias para testarem armamento e praticarem a precisão. Policiais de algumas especializadas também fazem reciclagens no espaço.

 

Garra / GOE

 

O delegado Ramiro também estará à frente do Grupo Armado de Resposta Rápida (GARRA), ainda em fase de implantação em Mato Grosso. O Garra terá como foco o apoio operacional às delegacias de todo o Estado, agindo no pronto emprego, de modo a “liberar” o GOE para agir exclusivamente em ocorrências especiais, onde se faz necessária a intervenção com conhecimento técnico diferenciado.

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