Fernanda Nazário
Única News

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, manteve a prisão preventiva de João Arcanjo Ribeiro, preso na manhã desta quarta-feira (29), durante a Operação Mantus, que investiga lavagem de dinheiro e esquema de Jogo do Bicho, prática ilegal, em Mato Grosso.
O ex-comendador volta para a Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, após ser solto em fevereiro de 2018. Ele foi preso em abril de 2003 pela pratica criminosa de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. À época, Arcanjo sofreu condenações que somam mais de 87 anos.
Além do ex-comendador, outras 26 pessoas alvos da Operação Mantus tiveram a prisão preventiva mantida. Entre os detidos está Frederico Muller Coutinho. Segundo o Tribunal de Justiça, mais três nomes presos no Rio de Janeiro, São Paulo e Sinop passaram por audiências nos respectivos municípios. Outros três alvos seguem foragidos.
O juiz manteve o processo em sigilo e desmembrou o caso das empresas investigadas na Operação em duas audiências de custódia. A primeira empresa a passar pela audiência foi a Ello/FMC, chefiada Müller.
Na oportunidade, alguns pediram para irem para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), em decorrência do curso superior, e os advogados de duas mulheres solicitaram a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar, por ambas terem filhos menores de 12 anos.
Na segunda audiência de custódia, sete presos ligados à empresa Colibri tiveram as prisões mantidas, a exemplo da primeira audiência onde todos permanecem custodiados.
A defesa de Arcanjo solicitou que ele fosse encaminhado ao Centro de CustÓdia de Cuiabá (CCC), caso não fosse possível, ao CRC, em decorrência dele ter sido policial civil e estar com idade avançada, 67 anos. Consta na ata da audiência que outras defesas solicitaram a prisão no CCC, por um dos acusados também ter sido policial e outro por estar em tratamento de saúde. Os pedidos serão analisados pelo magistrado em conformidade com as vagas ofertadas pelo Sistema Penitenciário.
Uma nova audiência de custódia foi marcada para esta quinta-feira (30), às 13h, na 7ª Vara Criminal. Entre os acusados que serão ouvidos está o genro do bicheiro, Giovanni Zem Rodrigues, que também foi preso na operação. Ele é acusado de ser um dos líderes da organização criminosa. Zem foi preso no aeroporto de Guarulhos, ainda dentro do avião, com apoio da Polícia Federal.
A operação denominada de "Mantus", foi desencadeada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz)
Operação Mantus
A operação cumpriu a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado.
A operação coordenada pela Diretoria de Atividades Especiais, conta com o apoio da Diretoria Metropolitana, Diretoria do Interior, além do auxílio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil na coleta dos dados, que foram trabalhados pelas equipes que atuaram diretamente no Inquérito Policial.
O nome Mantus: Na mitologia etrusca, Manto (em latim: Mantus) é o deus do mundo dos mortos no vale do rio Pó. Manto também é conhecido como o Deus do azar, onde chamava atenção de suas vítimas através de jogos, roubando assim suas almas.
Veja os nomes dos presos em Cuiabá
João Arcanjo Ribeiro
Noroel Braz da Costa Filho (apontado como braço direito de Arcanjo)
Marcelo Gomes Honorato
Paulo César Martins
Breno César Martins
Bruno César Aristides Martins
Augusto Matias Cruz
Frederico Muller Coutinho
Glaison Roberto Almeida da Cruz
Bruno Almeida dos Reis
Marcelo Conceição Pereira
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