19 de Junho de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 19 de Junho de 2025, 07:55 - A | A

19 de Junho de 2025, 07h:55 - A | A

POLÍCIA / CHACINA EM SORRISO

Promotor espera que maníaco que estuprou e matou mãe e filhas seja condenado a mais de 100 anos

O crime que chocou Mato Grosso e todo o país tenha acontecido em novembro de 2023, mas o criminoso irá a júri popular no dia 7 de agosto, a partir das 8h30 da manhã

Christinny dos Santos
Única News



O promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino espera que Gilberto Rodrigues dos Anjos, que estuprou e matou Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos e sua três filhas, seja condenado a mais de 100 anos de prisão. O crime que chocou Mato Grosso e todo o país aconteceu em novembro de 2023 e o criminoso irá a júri popular no dia 7 de agosto, a partir das 8h30 da manhã.

O crime foi descoberto no dia 27 de novembro de 2023, uma segunda-feira, após a Polícia Militar ser acionada por vizinhos sobre o desaparecimento das vítimas. Além de Cleci, foram vítimas do crime brutal suas filhas Miliani, de 19 anos, Manuela, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, 10. Dentre as quatro, apenas a mais nova não foi sexualmente violentada.

Gilberto responderá pelos três estupros e quatro feminicídios. Conforme o promotor, as provas reunidas aos autos são suficientes para comprovar não só a materialidade e autoria do crime, como também as qualificadoras. Diante disso, a expectativa não só do promotor, como de todo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), é que devido somada a condenação por cada crime chegue ao total de 100 anos.

“Nós esperamos, e aí a gente parte de uma expectativa, pelo que nós conhecemos da legislação penal, do prefeito secundário, ou seja, das penas, combinadas em abstrato as infrações praticadas, dos delitos de feminicídio, também dos crimes contra a dignidade sexual, e daí nós podemos projetar e criar uma expectativa de que, condenado nos termos do que já está sendo processado, denunciado, pronunciado, nós esperamos aí uma pena que exaspere os 100 anos de reclusão”, disse o promotor.

Gilberto está preso na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. A princípio o júri deve ocorrer na comarca de Sorriso, mas a defesa, promovida pela Defensoria Pública, peticionou um pedido de desaforamento para que ele seja julgado na Capital, devido ao caso excepcional de revolta na região. O pedido ainda está em análise.

Histórico de brutalidade

Gilberto já foi condenado por crimes em Lucas do Rio Verde e no município de Mineiros, cidade no sudoeste de Goiás. Na cidade mato-grossense, o criminoso estuprou uma vizinha e tentou degolá-la, depois, fugiu numa bicicleta, deixando a mulher em estado de choque e com cortes no pescoço. Pelo crime, Gilberto foi condenado em março deste ano a 22 anos e sete meses de prisão.

Já em GO, ele foi condenado a 17 anos, 3 meses me 29 dias de cadeia pelo homicídio triplamente qualificado do jornalista Osni Mendes. Gilberto aceitou o convite e os dois entraram no carro de Osni. Durante o trajeto, o jornalista parou o carro para fazer xixi e disse a Gilberto que também descesse do veículo para esticar as pernas. Quando os dois estavam fora do carro, o jornalista tentou beijar o criminoso à força, momento em que o pedreiro reagiu com empurrões e socos e o enforcou até a morte.

O crime

Cleci e as filhas ficaram dois dias sem contatar ou responder a Regivaldo Batista Cardoso, seu marido e pai das meninas. Depois desse período, ele contatou a polícia e pediu que fossem até sua casa, mas tudo parecia bem: o carro estava no local, os cachorros também e até o ar-condicionado estava ligado. Apenas em uma segunda visita das autoridades, quando tudo permanecia inalterado, foi que as vítimas foram encontradas mortas, caídas dentro da casa onde moravam. O caminhoneiro ainda não havia voltado para casa quando foi informado que sua família foi vítima do crime que ficou conhecido como “Chacina de Sorriso”.

O crime foi descoberto no dia 27 de novembro de 2023, uma segunda-feira, após a Polícia Militar ser acionada por vizinhos sobre o desaparecimento das vítimas. Cleci e a filha Miliani, de 19 anos, foram encontradas caídas no corredor da casa. Já os corpos de Manuela e Melissa, de 13 e 10 anos, estavam no quarto. Segundo a perícia, três delas estavam sem roupas.

Gilberto trabalhava como pedreiro em uma obra ao lado da casa das vítimas e ficou sondando a rotina delas por semanas até cometer o crime. A Polícia Civil chegou ao criminoso após receber denúncias. Ele continuava trabalhando normalmente na obra ao lado da cena do crime, como se nada tivesse acontecido. Com ele, foram apreendidas as roupas íntimas que as vítimas usavam no dia do crime, as quais ele levou como “troféus” do crime.

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