Da Redação
Única News
A Secretaria de Estado de Segurança Pública está oferecendo ao Grupo de Atuação Especial contra ao Crime Organizado (Gaeco) o suporte necessário à apuração de possível ligação de agentes públicos com organização criminosa e destaca que irá adotar todas as medidas cabíveis ao caso, como abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os envolvidos.
A Operação Nexus apura possível ligação de agentes públicos com a organização criminosa comando vermelho de Mato Grosso. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e um na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec). A operação busca arrecadar documentos que comprovem vínculos de transações financeiras e enriquecimento ilícito. Segundo o Gaeco, apesar da Associação não possuir capital social, movimentou entre o período de 18/09/2019 a 03/07/2023, mais de R$ 13 milhões, através de uma "cantina" dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
"Importante ressaltar que a operação vem ao encontro das medidas adotadas pelo Governo de Mato Grosso, a partir da implantação do Programa Tolerância Zero ao Crime Organizado, lançado no último dia 25 de novembro", afirmou o Governo, por meio de nota.
Além disso, a Sesp já realiza operações continuadas dentro das unidades prisionais, visando a apreensão e proibição da entrada de celulares e outros produtos ilícitos.
Na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, foco da operação do Gaeco, a Sesp deu início a uma de série medidas que incluem, além de operações de busca e varredura, a troca da equipe de direção e mudanças de procedimentos de acesso à unidade.
"Sandro Loucoä denunciou
O detento Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, um dos pioneiros da facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso, revelou o esquema de circulação de mercadorias e valores na Penitenciária Central do Estado (PCE) que teria movimentado cerca de R$ 13 milhões e que resultou na deflagração da Operação Nexus, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta terça-feira (3).
Além de lideranças da organização criminosa, a força especializada do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) também investiga o envolvimento de agentes penitenciários no esquema fraudulento.
Os mandados de busca e apreensão, um total de 5, foram cumpridos em residências dos alvos da operação e na sede da Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec-MT), onde os agentes buscam documentos que possam comprovar a denúncia feita pelo líder da facção.
“O réu [Sandro Louco] disse que o estabelecimento possibilitava a circulação de mercadorias e capitais de maneira autônoma pelos líderes faccionados. Sugeriu também a ocorrência de movimentação milionária de dinheiro em espécie no local, sem qualquer fiscalização, por servidores públicos investigados e reclusos da unidade prisional e que toda a verba transacionada era relacionada à Aspec”, diz trecho do documento do MP.
Conforme noticiado pelo Única News na semana passada, seis celulares foram encontrados durante uma inspeção na cela de “Sandro Louco”, que no primeiro semestre deste ano, ganhou na justiça o direito a sair da ala de isolamento da PCE e voltou a cumprir sua pena, que ultrapassa os 100 anos de prisão, em uma cela comum do local.
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