Karine Campos
Única News
A guerra entre facções no Estado de Mato Grosso se torna cada vez pior com o tempo. Antes o que era uma briga por território do tráfico, se tornou um massacre, onde uma palavra dita, uma tatuagem ou um gesto, tem feito pessoas inocentes serem executadas na mão dos criminosos que clamam por poder.
Por esse motivo, o delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Nilson Farias, em entrevista ao site Repórter MT, fez um alerta à população. O que para muitos é apenas um gesto com as mãos em fotos, agora é assinar a própria sentença de morte.
O delegado explica que gestos e símbolos são utilizados pelas facções para se comunicarem e reconhecerem um membro do grupo. Alguns gestos feitos com a mão, que representem os números dois ou três, estão entre eles.
Sinais com dois dedos represem o Comando Vermelho (CV), enquanto gestos utilizando três dedos fazem analogia ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facções rivais que protagonizam a guerra em Mato Grosso.
A apropriação dos símbolos tem provocado a morte de pessoas, que sem conhecimento, acabam fazendo os sinais em fotos postadas em redes sociais e durante cumprimentos. Casos recentes de pessoas sem envolvimento com o crime organizado, mas que fizeram os sinais e acabaram morrendo por isso, têm ficado mais frequentes e ganham as paginas de notícias.
“Existem símbolos e sinais que elas se identificam, tudo dois, tudo três, então existem símbolos e sinais que representam essas facções”, relata o delegado.
Durante a entrevista, Nilson ainda relembra os casos em que pessoas morreram pelo simples fato de tirar uma foto fazendo o símbolo representado pela facção rival. O delegado afirma que a população não precisa e nem deve ficar refém quando tirar fotos por conta desses sinais, mas é importante evitar, já que a guerra entre o crime organizado tem chegado ao extremo.
Mesmo que alguns gestos sejam usados como forma de se comunicar na linguagem de libras, como o sinal de “eu te amo" e até mesmo as letras do alfabeto, Nilton ressalta a importância de não fazê-los sem necessidade.
“Eu acredito que o melhor diante de tal cenário é evitar ficar tirando fotos fazendo os símbolos”, afirma o Delegado.
O terror e a tensão que o Estado tem vivido em decorrência da violência por conta das facções é extremo. Regras são ditadas à população e, quando não seguidas, acontecem os famosos “salves” encomendados pelos líderes, que muitas vezes dão as ordens de dentro dos presídios.
Em Mato Grosso, duas das maiores facções vivem em conflito, são elas o Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC), ambos os grupos disputam a liderança e brigam por território dentro das cidades para terem total controle da compra e venda de drogas. Isso não é de agora, porém, com o passar do tempo a situação tem saído do controle.
Isso acontece porque as apreensões recordes de drogas realizadas pela Polícia Civil têm elevado o acirramento entre os dois grupos, gerando prejuízo para ambos os lados, fazendo com que a disputa aumente.
Recentemente, diversos casos de homicídio, perseguição e tortura seguida de execução, estão acontecendo, sendo necessário um trabalho minucioso da Polícia Civil para capturar os envolvidos.
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