Por Suelen Alencar Única news
Foto : Roger Perisson/ Revista Única
A 7ª Vara Contra o Crime Organizado de Cuiabá já recuperou mais de R$ 25 milhões, dinheiro desviados por réus acusados de fazer parte de organizações criminosas praticadas contra o Estado.
A juíza Selma Arruda, titular da vara, disse ao site Única news que os valores são devoluções resultados de acordo por delações premiadas e se trata de uma ação que não era feita “Isso não acontecia antes. O código de processo penal prevê que o juiz ao sentenciar possa estipular um pagamento mínimo de reparação de um dano. Isso vale tanto para o cara que roubou um boné como para aqueles que desviam milhões do dinheiro público. O dinheiro está na conta da justiça”, relata.
"Esse dinheiro recuperado pela vara não é de condenação , aqui na vara sequestramos bem e também recebemos por conta das colaborações premiadas restituições"
Os valores ficam na Conta Única do Poder Judiciário e são destinados, em sua maioria, a causas sociais.
Sobre a crimes políticos
Selma também falou sobre o tratamento a crime de políticos e defende que no próprio código penal deveria ter essa distinção de outros crimes "O processo penal no Brasil ainda não se deu conta, que precisa ter um processo penal pra criminalidade normal e um pra esse tipo de criminalidade. Se você tem uma pessoa de projeção política e arrola essa testemunha, infelizmente pelo código eu sou obrigada a deferir a oitiva da testemunha e muitas vezes expedir carta precatória e tal, pra ouvir o que acaba demorando muito, esticando o andamento dos processos"explica.
As investigações
A juíza Selma Rosane segue a frente dos processos oriundos da Operação Sodoma, que prendeu em setembro de 2015 o ex-governador Silval Barbosa, também nas Operações Metástase e Célula Mãe que envolve o ex-deputado José Riva, apontado como líder do esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa.
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