Por Lara Belizário/ Única News
(Foto: Reprodução)
Durante entrevista a uma rádio na Capital, na manhã desta sexta-feira (29), o vereador Felipe Welatton (PV) assegurou que sua ação popular, pedindo a anulação do decreto da suplementação da Câmara e também o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro, não se pauta em injúrias contra os seus colegas parlamentares. E, ainda, esclareceu que o ato é contra o Executivo.
Toda a movimentação na Câmara começou no dia 24 de agosto, quando o Jornal Nacional, da Rede Globo, transmitiu um vídeo em que Emanuel Pinheiro aparece, junto com outros parlamentares, recebendo uma suposta propina do ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Sílvio Corrêa.
O material faz parte dos autos da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 09 de agosto.
Com a imagem do prefeito envolvida nos escândalos, o vereador Marcelo Bussiki (PSB) propôs a abertura de uma CPI. E, em votação, na sessão do dia 29 de agosto, a maioria dos parlamentares rejeitou a proposta, sob a justificativa de que as imagens seriam da época em que Emanuel era deputado e não prefeito.
Após a rejeição da CPI, começaram os rumores de que alguns parlamentares teriam recebido o mensalinho para manterem o apoio ao prefeito. Por isso, a suplementação, de R$ de 6, 7 milhões, que foi concedida a Câmara pela prefeitura, no dia 31 agosto, foi suspensa pelo juiz Luís Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara Especializada da Ação Civil Pública e Ação Popular, no último dia 6.
Já no último dia 21, o repasse recebeu outra proibição, desta vez, foi o Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que homologou uma medida cautelar que proíbe o repasse.
Por causa das proibições, em parte consequência da ação movida por Welatton, os parlamentares resolveram recorrer por danos morais, alegando que o vereador cometeu injúria. Sendo que os vereadores Demilson Nogueira (PP), Mário Nadaf (PV), Paulo Araújo (PP) e Toninho de Souza (PSD) já entraram na Justiça.
De acordo com Welatton, não houve de sua parte injúria ou um discurso que acusasse seus colegas de negociatas. A ação popular, segundo ele, só será respondida pelo prefeito, afinal, ele teria concedido a suplementação.
"Nós nos manifestamos juridicamente em uma ação popular pedindo a anulação do decreto da suplementação da Câmara e, também, o afastamento do prefeito. Na verdade o ato é do executivo, do Emanuel Pinheiro, ele é quem responde por essa suplementação, questionamos o seu ato", afirmou.
O parlamentar ainda acrescentou, que a ação questionou o momento em que a suplementação foi concedida. E, além disso, levantou o impacto que a mesma oferece já que para ser realizada anulou dinheiro de áreas essenciais.
"Foram R$700 mil da assistência social, R$ 2,5 mi do programa de asfalto, ou seja, esse repasse impacta diretamente a vida da sociedade Cuiabana", esclareceu o vereador ao se defender das acusações de injúria contra seus colegas no parlamento municipal.
Ainda na entrevista, desta manhã, o vice-presidente da Câmara, Renivaldo Nascimento PSDB, contou que o clima na Casa de Leis está pesado e, ainda, confirmou apoiou aos colegas que se sentirem ferido por Welatton. "Toda a ação tem uma reação, ele levantou hipóteses de crime. Então, se alguém se sentir assim pode entrar com recurso", afirmou.
O vereador ainda acrescentou que, como parlamentar, Welatton sabe das necessidades da Casa e, por isso, deveria apoiar a suplementação. "Se até uma pessoa de fora duvidar, tudo bem! Mas lá dentro ele é sabedor. Então, com isso, ele infelizmente criou todo um mal-estar", declarou.
(Com informações da Rádio Capital FM 101.9)
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