Wellyngton Souza
(Foto: Ilustração)
O presidente do diretório regional do Progressistas no estado, deputado federal Ezequiel Fonseca, afirmou na última terça (20), que a sigla não deve aceitar uma possível filiação dos deputados estaduais Mauro Savi (PSB), Oscar Bezerra (PSB) e Wagner Ramos (PSD).
De acordo com Ezequiel Fonseca, o partido pretende lançar uma chapa pura para deputados estaduais. E declarou que já tem mais de 30 pré-candidatos. Ezequiel ressaltou ainda que a presença de mandatários causaria uma disputa 'injusta e desleal' com os novos nomes.
"Não temos nada contra o Mauro, contra o Wagner Ramos que também gostaria de vir. O Oscar Bezerra seria bom que viesse. Acontece que foi uma determinação das pessoas que convidamos. Não podemos mudar a regra no meio do jogo", disse.
Os três deputados foram citados na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), que foi homologada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Luiz Fux, em agosto de 2017, inclusive o próprio Ezequiel Fonseca. Nas provas entregues por Silval está um vídeo em que aparece diversos deputados e uma prefeita de Mato Grosso recebendo maços de dinheiro do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cezar. Na gravação, Ezequiel Fonseca esconde a suposta propina dentro de uma caixa de papelão.
Na última segunda (19), Savi foi alvo de busca e apreensão na operação Bereré, que apura desvio de recursos do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). A operação foi cumprida pelo Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A residência do deputado e o gabinete na Assembleia Legislativa foram alvos. Além de Savi, o presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho (PSB) também está sendo investigado.
O deputado Ezequiel Fonseca voltou a declarar que nada tem a ver com envolvimento dos parlamentares em esquema de corrupção. "O Mauro Savi é nosso amigo há muito tempo, simplesmente porque o PP quer lançar uma chapa pura. O partido não tem membros na Assembleia e se comprometeu com os novos filiados em não aceitar a filiação dos políticos".
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