Rayane Alves
Reprodução
Ao voltar de uma licença não remunerada para resolver assuntos pessoais, o vereador Diego Guimarães (PP), se comprometeu durante uma entrevista na Rádio Capital, em assinar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem intenção de investigar o vídeo em que o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) apareceu em rede nacional enchendo os bolsos do paletó com dinheiro.
De acordo com o vereador a licença foi tirada no dia 2 de agosto para terminar um mestrado de agroambiental na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e ainda para fazer uma viagem missionária da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no Iraque.
"Eu tirei licença no dia 2 de agosto e o vídeo foi ao ar no dia 14. Desde este período eu tenho meu posicionamento firmado e sou favorável as investigações. Na terça-feira (31) vou assinar o requerimento para instauração da CPI. Não é uma comissão para condenar ninguém e sim em busca de sanar dúvidas”, disse o parlamentar.
A CPI do Paletó foi apresentada na Câmara pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB). Até o momento, apenas sete vereadores assinaram o requerimento. Entre eles estão: Abílio Brunini (PSC), Sargento Joelson Amaral (PSC), Sargento Elizeu Nascimento (PSDC), Felipe Wellaton (PV), Dilemário Alencar (Pros) e Gilberto Figueiredo (PSB). Agora, para apresentar ao plenário, é necessário além da assinatura de Diego, a nona rubrica.
Na avaliação do vereador, o instrumento da CPI é adequado para iniciar as investigações, já que a Comissão Processante, além de ser necessário o voto de 17 vereadores não permite investigar os fatos considerados estranhos ao desempenho da função do prefeito, apesar de afastar de imediato.
“A busca e apreensão feita pela Polícia Federal na casa do prefeito traz para dentro da gestão municipal fatos antigos. Eu fujo desse argumento de que o fato seria anterior, por isso não caberia à Câmara investigar. Foi encontrado um áudio de um delator, juntamente com ex-secretário envolvido na delação. O prefeito não trouxe o áudio para as autoridades competentes. Apenas veio à mão da autoridade competente no momento de uma busca e apreensão", alegou.
No entendimento de Diego, Emanuel deveria ter encaminhado para as autoridades competentes o áudio para investigar. Como não fez este procedimento cabível, então ele acabou trazendo para dentro do mandato toda a carga anterior desde o vídeo da delação premiada.
“Isso precisa de explicação. A população cuiabana precisa de um esclarecimento do assunto", finalizou.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!