Fred Moraes
Única News
Crítico ferrenho dos excessos cometidos em abordagens policiais, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) voltou a clamar a atenção da sociedade para lembrar da instalação de câmeras em fardas e viaturas da Polícia Militar. Dessa vez, o parlamentar usou como argumento a conduta de um militar durante uma checagem pessoal que resultou na morte de Thiago Graciote Moraes, em Cotriguaçu (955 km de Cuiabá).
O pedido do deputado foi endossado durante seu pronunciamento na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (8). Durante sua fala, o parlamentar ressaltou sobre a conduta desmoralizada cometida por um policial militar no último sábado (5), em uma lanchonete no município.
"Quando tudo parecia resolvido, um policial atirou em Thiago que já estava se afastando do local. Deu um chute no rapaz que quando se levantou disse que não era bandido para ser tratado daquele jeito. Em resposta, o policial simplesmente atirou contra ele, que morreu no local. Isso é um absurdo! A Polícia existe para proteger o cidadão, não para matar. Se este policial estivesse com uma câmera em seu uniforme teria pensado duas, três vezes antes de agir desta forma", disse o deputado.
Além das câmeras, o deputado também lembrou da necessidade do uso de armas menos letais durante diligências policiais.
"O Governo do Estado precisa investir em armas menos letais que imobilizam sem tirar a vida das pessoas. Pistolas de eletrochoque - como as Taser, spray de pimenta ou outros equipamentos. Não adianta dizer que tem a Polícia mais bem equipada do país se nossos policiais usam armas que matam e sem qualquer controle. Também é preciso investir em treinamento ou o governador vai continuar emitindo notas de pesar, pedindo desculpas às famílias e à sociedade sem qualquer efeito prático. Desculpas não trazem as vítimas de volta à vida. Armas menos letais impedem que elas morram", completou.
A Polícia Militar informou por meio de nota que determinou o afastamento imediato do policial envolvido na ocorrência e que a Corregedoria-Geral da corporação abriu inquérito para apurar o ocorrido, e solicitou o acompanhamento do MPMT (Ministério Público de Mato Grosso) nas investigações. Não há informações de que alguém foi preso durante a ocorrência.
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