Ari Miranda
Única News
A bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na Câmara dos deputados anunciou que pedirá a cassação de mandato de deputados que apoiaram, incentivaram ou participaram dos atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro, em Brasília. Entre os nomes, está o do deputado mato-grossense Abilio Jacques Brunini (PL), empossado na quarta-feira (1º). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2), pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo.
A ação será encaminhada ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Além de Abílio, estão no alvo Silvia Waiãpi (PL-AP), Clarissa Tércio (PSC-PE) e André Fernandes (PL-CE). Os deputados do PSOL afirmam que os colegas minimizaram os ataques à democracia e ainda divulgaram notícias falsas, com teor golpista.
“Apesar dos atos terem chocado todos aqueles defensores do Estado Democrático de Direito, alguns parlamentares se sentiram representados por tais atos, justificando, via redes sociais, a prática criminosa e veiculando fake News acerca dos fatos”, diz a representação que será encaminhada ao Conselho.
Vídeo no Congresso
Três dias depois dos ataques à sede dos Três Poderes no DF, Abílio fez uma live direto do salão verde do Congresso, alegando que o local não havia sido tão destruído. Momento em que o Parlamentar é interpelado por uma mulher que se identificou como petista, e começou a gravá-lo, dizendo que o mesmo estaria mentindo.
O vídeo viralizou nacionalmente, com críticas ao parlamentar.
Pediu apoio do PL
Após a viralização da live no Planalto, o deputado federal pediu apoio da executiva nacional do Partido Liberal (PL), para evitar punições pela polêmica envolvendo seu nome. A afirmação foi feita pelo senador mato-grossense Wellington Fagundes, colega de sigla de Abílio, no dia 17 de janeiro
Segundo o senador, a cúpula do partido realizou uma reunião à pedido do próprio Abílio para discutir a polêmica, destacando que o líder do PL na Câmara, deputado Altineu Cortês (RJ) teve uma conversa com o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP), onde ficou previamente combinado para que Abílio não repita mais este tipo de situação.
“Ao invés de ter sanções, foi feito um aconselhamento. E essa foi uma decisão do presidente da Câmara, não do PL (...). Já foi conversado e foi dada essa posição”, disse Wellington.
Questionado sobre a gravação de um “mea culpa” por Abílio, Wellington avaliou não ser necessário, enfatizando que o fato de procurar a direção do partido demonstrou uma atitude madura por parte de Abílio e o arrependimento do parlamentar pelo ato falho, ressaltando ainda que qualquer pessoa está sujeita a cometer erros.
“Nós já conversamos com ele (Abílio), tanto é que ele pediu a nossa mediação junto ao presidente da Câmara. A avaliação que faço é que a vida é sempre um aprendizado pra todos nós. Eu mesmo já fiz muita coisa que depois aprendi que deveria fazer diferente”, concluiu.
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