Bárbara Sá e Jacques Gosch /RdNews
O senador licenciado, ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), criticou o posicionamento do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que defende a utilização de armas pesadas pelos produtores rurais para se protegerem de invasões dos sem terra. “O que depender de mim, vocês da área rural vão ter fuzil na sua propriedade porque a propriedade privada é sagrada, e é à base da democracia”, disse Bolsonaro, em uma das visitas que fez a Mato Grosso.
Para o Maggi esse não é o caminho e sim melhores políticas para os assentados. “O Bolsonaro representa ou tenta presentar uma parcela da população que pensa como ele, que defendem a exclusão. Eu não penso que a exclusão é o melhor caminho, e sim a inclusão", disse durante evento da Expoagro, ontem (2).
O ministro enumera que no Brasil há 88 milhões de hectares de terras que foram distribuídos a assentados e existem políticas para incluir essas pessoas. "A nossa discussão com o governo federal é de incluir e emancipar esses assentamentos, e dar a essas pessoas a possibilidade de eles irem a um banco e poderem pedir dinheiro emprestado”, defende.
Para o ministro, esse grupo merece receber investimentos como os pequenos produtores. “O Bolsonaro faz uma política de gravata e é claro que é isso que não vamos fazer quando estamos sentados em uma mesa do Executivo”, frisa.
As declarações de Bolsonaro ocorreram em abril, em palestra que proferiu na 9ª edição da Parecis SuperAgro 2016. Como pré-candidato à presidência da República, o deputado afirma que os adversários o chamam de fascista, racista e homofóbico em razão de não terem outras acusações contra ele.
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