Da Redação
(Foto: Secom/Prefeitura de Várzea Grande)
O parlamentar socialista e presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho - na visita do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), à Mato Grosso, às obras do campus da da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Várzea Grande -, ocorrida nesta última quinta-feira (15), revelou em conversa com jornalistas, que o chefe do Executivo estadual, o tucano Pesdro Taques, deverá se reunir na próxima semana com os deputados, para falar sobre a criação do Fundo Emergencial de Estabilização Fiscal.
Antecipando, inclusive, que o clima no Parlamento estadual não estaria favorável para a aprovação do Fundo que vem sendo criticado duramente pelos políticos mato-grossenses, inclusive pelo seu próprio vice de Taques, o social democrata, Carlos Favaro.
O governo quer arrecadar pelo menos R$ 300 milhões com a medida até o final do ano, o que será utilizado para pagar dívidas com a Saúde, fornecedores, entre outros passivos.
Mas de acordo com Botelho, o clima hoje na Assembleia longe estar de ser favorável à aprovação do projeto. 'O governador fará uma reunião na semana que vem com os deputados da base para mostrar a necessidade e a importância deste fundo para aí colocar em tramitação. Hoje o clima não está muito favorável para se aprovar. Depende muito desta conversa. Tem a questão das emendas parlamentares, que em torno de 80% para mais ainda não foram pagas. só para se ter uma ideia, o governador teria que pagar uns R$ 60 milhões só em relação às emendas deste ano, comom forma de amortizar a dívida, já que foi um compromisso que ele fez'.
Ainda conforme Botelho, mesmo que o governador já tenha se reunido e definido com alguns setores sobre o Fundo, como o comércio e a indústria e ainda conte com o retorno de Max Russi e Wilson Santos para a Assembleia Legislativa, previsto para esta próxima terça-feira, o cenário de descontentamento não vai mudar. Pois o problema, segundo o presidente da Casa de Leis, é político.
“O governo está dizendo que já conversou com os setores, como o comércio e a indústria, e que está tudo arredondado, mas a discussão é na Assemleia, é política. Assim, para colocarmos em pauta o projeto, vai depender muito do resultado da conversa dele com os deputados. E isto porque o governo tem pressa. E não facilita para Taques a volta da Russi e Wilson Santos, já que seus suplentes também seriam a favor do projeto do governo', completou.
No evento
O vice-governador social democrata, Carlos Fávaro, presente também ao evento em Várzea Grande, junto com parlamentar Eduardo Botelho, se posicionou contra a criação do Fundo.
Mesmo representando Taques na visita do ministro à Mato Grosso, Fávaro revelou que a medida - contribuições que deverão ser arrecadadas de todos os poderes - vai, lá na ponta, onerar ainda mais a população.
Para o vice-governador, o cidadão não aguenta mais o aumento da carga tributária. Revelando ainda que 'para cogitar qualquer aumento de tributos à população, antes Taques deveria cortar gastos da própria gestão'.
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