Luana Valentim
(Foto: Roger Perisson)
A ex-senadora e candidata a deputada federal, Serys Slhessarenko (PRB) declarou em Live do Site Única News nessa segunda-feira (27), que custa a acreditar que o governador Pedro Taques (PSDB) ganhou as eleições tanto para Senado em 2010, quanto para o governo em 2014 com mote de combate a corrupção, tenha participado nos esquemas delatados durante a sua gestão, tanto na operação Rêmora quanto na grampolândia pantaneira.
A candidata disse que, inicialmente, este é um assunto muito complexo devido a quantidade de escândalos difíceis até de serem explicados, que ocorreram na gestão do tucano. Mas que, obviamente, espera que todos entregues à Justiça, sejam devidamente investigados. Pontuando, no entanto, que conhecendo Taques, continua muito difícil para ela acreditar que ele seja corrupto.
Mas é implacável quanto à gestão do tucano. “Eu acredito em erros iniciais, quando começou sua gestão como governador, na construção de um staff tão somente técnico, o que acabou engessando seu governo. Pois técnicos devem ser o Judiciário e o Tribunal de Contas, por exemplo, não o Executivo. Pois este último deveria ser eminentemente político. Faltou a Taques uma interface política”, ainda explicou.
Para ela, essa dificuldade de relacionamento de qualquer parlamentar ou executivo, trazem problemas, muitas vezes por falta de articulação política. Tendo como consequência erros de percursos.
Segundo a candidata, o tucano tem sido um mau gestor em dois sentidos. Um de fazer acontecer que resulta, lá na ponta, avanços para o Estado com o desenvolvimento econômico. O outro, mais grave, nas relações e políticas, no sentido de controle como forma de evitar alguns males.
“A partir do momento que um gestor não tem controle das pessoas com quem trabalha, certamente vai perder a direção de parte do governo e as coisas tendem a dar errado. Ainda que não tenha como criar um perfil de secretariado, técnico ou político, antevendo que lá na frente, vai dar errado”.
Na Live, Serys – uma defensora incansável da Educação, não só pelo fato de ser professora aposentada da UFMT, mas ainda na condição de ter comandado as secretaria de Educação de Cuiabá e do Estado -, se posicionou contra o Projeto de Emenda Constitucional do deputado estadual Ademir Brunetto (PSB). A PEC pretende retirar a autonomia financeira da Unemat, ao revogar na Assembleia, com a aprovação em plenário com a assinatura de 17 deputados, os repasses do governo para a universidade.
Serys lembrou que como relatora do Projeto de Lei 12.711/2012 que regulamentou as cotas no ensino público superior e proporcionou a inclusão de estudantes negros e pardos no ambiente universitário, seria impossível compactuar com a retirada da autonomia financeira de uma instituição de ensino que mudou a vida de milhares de pessoas.
E mesmo que os deputados – Dr. Leonardo (PV) e Valdir Barranco (PT) -, tenham retirado suas assinaturas, inclusive sob a alegação de que ambos não sabiam que assinavam uma PEC contra a Unemat, Serys chegou a ’dar uma voz de comando’ a Brunetto, para que recuasse do projeto. Ainda lembrando que Mato Grosso precisa de investimentos e de instituições de educação superior que abram cada vez mais o leque na inclusão de homens e mulheres no mercado de trabalho, com capacidade técnica e qualidade de conhecimento.
“Eu chego a não acreditar que o deputado Brunetto tenha feito isto de livre e espontânea vontade. Pois ele é sabedor como nós de que precisamos de mais recursos para que a Universidade Estadual de Mato Grosso cresça em conhecimento. Inclusive acho que o deputado além de retirar a PEC, deveria pedir desculpas públicas por tê-la apresentado na Assembleia. Revelando à população que cometeu um grande equívoco”, destacou.
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