Gabriel Rodrigues
Única News
O ex-secretário de Estado de Educação e candidato ao Congresso Nacional, Marcos Marrafon (PSDB), poderá herdar a vaga do deputado federal e candidato ao Senado, Neri Geller (PP), que teve o mandato cassado nesta última terça-feira (23), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder econômico.
A cassação poderá anular pouco mais de 70 mil votos, obtidos por Geller na eleição de 2018, e desta forma, a coligação formada à época, por PRB, PP, PTB, PT, PMN, Podemos, Pros e PR, perderá a "herança" de mandato. A coligação obteve 490 mil e Geller havia sido eleito por média.
Diante disto, a composição que elegeu Rosa Neide (PT), Emanuelzinho (MDB) e José Medeiros (PL), ficará com uma sobra de cerca de 105 mil votos. Já a Coligação que elegeu Drº Leonardo (Republicanos) em 2018 (PSDB / PPS (Cidadania) / PSB / SOLIDARIEDADE), possui uma sobra de 111 mil votos. Resultando na possibiliade de Marrafon assumir a vaga, visto que, é o primeiro suplente.
Por outro lado, Gisela Simona, candidata a deputada estadual, (União Brasil), que à época, pertencia ao Pros, comemorou a cassação de Neri e também espera assumir o mandato.
"Por mais que muitos falem que a decisão ocorreu de maneira tardia, eu acredito que é melhor tarde do que não acontecer a Justiça", disse ela nesta terça-feira (23), após anuncio da cassação.
A enorme confusão ainda pode beneficiar a coligação do Movimento Democratico Brasileiro (MDB), formado por (DEM / PDT / PSD / MDB / PMB), que elegeu os deputados Carlos Bezerra e Juarez Costa, e ficou com uma sobra de mais de 107 mil votos. Desta forma, se Marrafon não conseguir assumir, o emedebista Valtenir Pereira, é quem herdará a vaga.
O cálculo oficial será divulgado nesta sexta-feira (26), pela Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Neri diz que foi julgado pelo TSE em 20 minutos
Neri Geller (PP), alegou que foi julgado em 20 minutos e prometeu um posicionamento "mais firme" a partir de agora. A defesa entrará com recurso para recorrer da decisão.
Segundo ele, a decisão sobre seu próximos passos virá da cúpula do grupo partidário que se formou. "Se o nosso grupo definir, nós vamos ir para cima e agora é diferente, com o chicote na mão. Eu não tenho medo de fazer enfrentamento. Na minha vida, tudo foi sempre difícil", disse ele.
Neri acusa Fagundes de receber propina
No mesmo evento marcado para dar explicações, partiu para o ataque e expôs seu principal opositor, o senador e candidato à reeleição Wellington Fagundes (PL), onde teria recebido cerca de R$ 1,5 milhão em propina.
“Eu vou falar em partes o que é o nosso adversário, quero o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem. Aqui tem uma delação premiada que está parada desde 2018, ela denuncia que o meu adversário, recebeu uma propina de R$ 500 mil em espécie e ainda usou avião do próprio denunciado para ir à Rondonópolis [...] nós vamos fazer interpelação para que esses fatos sejam realmente investigados”, disse em coletiva de imprensa.
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