24 de Abril de 2025
facebook twitter instagram youtube

POLÍTICA Terça-feira, 06 de Setembro de 2016, 09:09 - A | A

06 de Setembro de 2016, 09h:09 - A | A

POLÍTICA / DOLARIZAÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA

"Cidadão médio não assinaria um contrato desse", diz Taques

Governador afirmou que regras do negócio estabelecido com o Bank of America são "absurdas"

Diego Frederici / Única News



Reprodução / Internet

 

Em entrevista a rádio Centro América na manhã desta terça-feira (06) o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), afirmou que o Estado “está perdendo muito dinheiro” em virtude do contrato estabelecido com o Bank of America, que em 2012, durante a gestão Silval Barbosa (PMDB), adquiriu parte da dívida pública estadual. Taques fez duras críticas a iniciativa, classificando como “absurdo” os termos do negócio e dizendo que “um cidadão médio não assinaria um contrato desse”.

 

“Essa é mais uma irresponsabilidade. Venderam 23% da dívida de Mato Grosso. Eu não posso como governador discutir esse contrato aqui. Esse contrato só pode ser discutido em Nova York, com regras estabelecidas no contrato. Regras absurdas. Um cidadão médio não assinaria um contrato desse”, afirmou o governador.

 

Sob o comando do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Mato Grosso buscava por financiamentos para assegurar uma iniciativa controversa: a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em 2012. Após o aval do Senado, que autorizou o Estado a reestruturar sua dívida, Silval, hoje preso em virtude da operação “Sodoma”, viajou a Nova York para assinar um empréstimo de US$ 479 milhões junto ao Bank of America.

 

O contrato não previa uma cláusula que desconsiderasse as flutuações cambiais, fato que resultou no aumento da dívida devido a valorização do dólar desde então. Quando Silval assinou o compromisso, a moeda norte-americana era cotada a R$ 2,02 no país.

 

Segundo o atual governador de Mato Grosso, uma parcela da dívida deve ser paga na próxima segunda-feira (12) no valor de US$ 34 milhões. Questionado se o Palácio Paiaguás pensa em entrar na justiça norte-americana, Taques afirmou que esta “trabalhando nesse sentido”, mas admitiu que vem encontrando resistência do Bank of America e da Secretaria de Tesouro Nacional.

 

“Já fui a Nova York, conversei na vice presidência do banco, já fomos na Secretaria do Tesouro Nacional para mudar o contrato. Mas existe grande resistência da instituição financeira e da própria Secretaria do Tesouro Nacional”

  ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI  

RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia