Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)

A defesa do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, impetrou um habeas corpus em que pede a liberdade dele junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Paulo foi preso no dia 27 de setembro durante a deflagração da operação Esdras. Ele cumpre pena no Centro de Custódia da Capital depois de ser apontado como um dos protagonistas do grupo que comandava o esquema dos grampos em Mato Grosso. A ordem de prisão partiu do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri.
O Habeas Corpus (HC) tenta derrubar a decisão dada anteriormente pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ribeiro Dantas. Na decisão, o ministro manteve a prisão com a justificativa de que Paulo Taques foi um dos maiores beneficiados da organização criminosa.
Na primeira fase das investigações, o ex-secretário já havia sido preso por uma semana sob a suspeita de que teria mandado grampear a ex-amante, a publicitária Tatiana Sangalli e sua ex-assessora Carolina Mariane.
Já na segunda fase, as investigações apontaram que Paulo colaborou com a organização no sentido de cooptar o tenente-coronel José Henrique Soares – no sentido de atrapalhar as investigações.
Conforme trechos da decisão de Perri, o ex-secretário advogou para José em um caso de sociedade empresarial. Nisso, Paulo Taques, usou informações obtidas durante a prestação de serviço como o fato de José Soares ser dependente químico, e repassado ao ex-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, e para a esposa deste, Helen Christy - também presos.
"O depoente, na ocasião, confidenciou ao Paulo Taques que era dependente químico, pois achava que isso poderia prejudicá-lo na ação e até porque lhe implicar em crime militar, o que lhe prejudicaria em sua carreira. O depoente esclarece que administrava a empresa, o que é proibido pelo Código Militar. Soares está contando isso porque acredita que o próprio Paulo Taques pode ter levado essa situação de sua dependência química e a administração da empresa ao tal ‘grupo’, conforme acima dito e revelado pela Helen e o coronel Lesco, mesmo porque o depoente não conhece ninguém na polícia militar que sabia, ou sabe, dessas situações, o que reforça sua suspeita", afirmou.
E a informação acabou sendo usada pelo grupo na tentativa de atrapalhar as investigações.
“Não se pode menosprezar o poderio do grupo criminoso formado, em sua grande maioria, por autoridades pertencentes à alta cúpula do Governo do Estado de Mato Grosso, e responsável por arregimentar policiais, advogado, membro ou membros do Ministério Público Estadual, dentre outros participantes, diuturnamente desvendados com o andamento das investigações, não sendo possível, neste momento, conjeturar, com precisão, a extensão da ramificação ou das ramificações da suposta organização criminosa”, finalizou.
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