Marisa Batalha
(Foto: Reprodução)
Em conversa com a imprensa esta semana, o presidente da Assembleia, o deputado socialista, Eduardo Botelho, admitiu que está ficando cada vez mais difícil a relação entre o Parlamento e o governo do Estado, em função das dívidas não honradas pelo chefe do Executivo estadual, o tucano Pedro Taques. Particularmente, com o repasse dos recursos advindos das emendas impositivas dos deputados da Casa de Leis.
Botelho acredita que a saída para que os parlamentares não comecem a trancar as pautas no Legislativo, como forma de pressionar o governo pelos recursos das emendas e do duodécimo, seria um diálogo aberto entre o gestor tucano e os parlamentares, que vêm sendo continuamente cobrados em suas bases eleitorais, sobre as verbas prometidas, que seriam usadas nas melhorias das cidades, desde o início da legislatura.
'O governo precisa se reunir com os deputados e realmente mostrar o que foi pago para a gente ter uma ideia do que ainda falta pagar e como este pagamento será equalizado. Aliás, tenho dito isto até com certa constância ao governador, pois ele sabe que a reclamação aqui na Assembleia é muito grande'.
Ainda de acordo com o presidente da Assembleia, os deputados não querem voltar matérias, pois entendem que o governo tem que honrar os compromissos. E só para se ter uma ideia, continua Botelho, desde 2015, foram pagos até agora R$ 6 milhões de R$127 milhões da dívida total.
'Os parlamentares querem seus direitos ouvidos e respeitados. Assim, quando os deputados saem do plenário - e isto é um direito regimental que têm -, como forma de travar a pauta -, eu não posso fazer nada. Pois isto ocorre em todas as Casas de Leis do país. Portanto, cabe o governo equalizar este problema'.
Botelho ainda revelou que a divida do Estado com a Assembleia já supera os R$ 200 milhões. E que haverá no máximo até semana que vem, uma reunião no Colégio dos Líderes, comandada pelo deputado tucano, Guilherme Maluf, como gestor financeiro da Assembelia Legislativa, para se debater estas questões.
'O governo precisa pagar a AL, desde as emendas impositivas até o duodécimo. Nem é pagar tudo de uma vez, mas criar um calendário de pagamentos que possam, de fato, ser cumprido. Haverá a explanação de Maluf, como gestor financeiro do Parlamento e depois deverão ser votadas algumas alternativas. Desta vez eu seguirei meus colegas de Casa. Por mais que eu tente intermediar este diálogo entre o Legislativo e o Executivo, quem tem o dinheiro é o Estado, mas ele não faz mais as regras. Desta vez a decisão sairá em grupo. Maluf vai fazer uma explanação no Colégio de Líderes e o que for decidido será levado para Taques. Para se ter uma ideia só de duodécimos a dívida já é R$110 milhões. Então não dá mais!'.
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