Luana Valentim
(Foto: AL-MT)
O deputado estadual tucano, Wilson Santos (PSDB), vice-líder do governo na Assembleia e candidato a reeleição, assegurou em entrevista nesta quinta-feira (9), à Rádio Capital FM, que o seu pedido de requerimento para a instauração de uma CPI para investigar o suposto esquema de grampos ilegais desde 2011, foi o primeiro a ser apresentado em sessão nessa terça-feira (7), na Assembleia Legislativa. E ainda revelou que teria conseguindo as oito assinaturas necessárias.
No entanto, na última terça-feira (07), na tribuna do plenário da Assembleia, em um bate-boca com a deputa emedebista Janaina Riva, que também propôs a instalação de uma Comissão Parlamentar, mas com foco na participação do governador Pedro Taques (PSDB) na rede clandestina de escutas ilegais, Santos teria garantido que tinha 10 assinaturas. Tendo alguns dos deputados, na correria, assinados os dois requerimentos. E hoje em conversa com jornalista já revelou que a lista conteria 11 nomes, mas que houve a retirada de três.
Como o parlamentar tucano, a deputada estadual Janaina Riva, também apresentou o requerimento na terça-feira, de olho possivelmente em um futuro impeachment de Taques por seu envolvimento no suposto esquema de grampos.
Apesar de Wilson ter apresentado o requerimento primeiro, a deputada emedebista Janaina Riva foi quem protocolou antes, junto a Mesa Diretora, às 10h49, com 10 assinaturas.
Diante da polêmica, o presidente da Casa de Leis, deputado Eduardo Botelho (DEM), decidiu nomear uma comissão interna para analisar a situação. Botelho anunciou a comissão durante a 3ª sessão legislativa dessa terça-feira. Ele nomeou o procurador-geral da AL e o consultor jurídico da Mesa Diretora, Grhegory Paiva Pires Moreira Maia e Xisto Bueno, respectivamente, para que se façam um levantamento das três sessões ocorridas no dia e apresentem um parecer técnico.
O tucano disse que está apenas cumprindo o regime interno da Casa, não fazendo uso de ‘malandragem’, como citado por Janaina, mas de conhecimento da Constituição do Estado. Pois, a oposição citou que iria apresentar o requerimento, mas até o momento não havia feito, sendo assim, decidiram colher as assinaturas para poder instaurar a CPI.
“Fui o primeiro a apresentar o requerimento, a deputada sequer tinha ele nas mãos, pois esqueceu em casa e teve que ir buscar. Estou tranquilo”, disse.
Ele diz que o problema é a cronologia, sendo que há três CPIs em andamento, o máximo permitido. A disputa entre os parlamentares em instaurar uma nova investigação, é que assim que uma delas se fechar, poderá ser aberto uma nova.
Ainda nesta terça-feira, o deputado estadual Zeca Viana (PDT), declarou ao Site única News que uma delas, a CPI do MPE, já estaria com o prazo vencido.
Wilson relatou que de acordo com o regimento, uma quarta CPI pode ser instaurada caso haja 16 assinaturas, o que não ocorre em nenhum dos dois casos. Sendo assim, terão que apenas aguardar a finalização da primeira.
O tucano pontua que a sua proposta é para também investigar o Poder Judiciário, pois segundo ele, há citações de que desembargadores, juízes, delegados e membros do Gaeco fizeram ‘barriga de aluguel’.
Porém, a deputada não querendo deixar que seu requerimento seja eternamente prorrogado sob uma justificativa de estudos e análises, a afirmou nessa quarta-feira (08), que vai buscar a Justiça para arquivar a CPI das Cartas de Crédito do Ministério Público. A comissão existe no Legislativo desde 2015 e ainda não há previsão de término.
Ainda de acordo com a parlamentar, a CPI do MPE já excedeu todos os prazos. E mais, não teria mais ninguém trabalhando nela.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!